NÃO SE ILUDA COM UM SORRISO, A MALDADE ESTÁ NA MENTE...


Yvonne Chevallier



"Meu marido precisa de vocês urgentemente."

O dr. Pierre Chevallier era membro do gabinete francês quando foi assassinado pela esposa, Yvonne, 40 anos. 
Eles se conheceram e se casaram quando ele estudava medicina, e tiveram dois filhos, Mathieu em 1940 e Thugal em 1945. 



Em 1950, romance e afeição não faziam mais parte do casamento. Os filhos dos Chevallier fizeram amizade com os três filhos dos vizinhos, Jeanne e Leon Perreau. 
Leon era baixinho, careca e barrigudo, mas sua esposa era uma ruiva glamourosa, quinze anos mais nova que ele. 
Ele era gerente de uma loja de departamentos em Orleans, o que o mantinha longe da esposa seis dias na semana. Em pouco tempo começaram a circular rumores sobre madame Perreau ter vários amantes.

O Dr. Chevallier logo passou a ser contado entre eles. A esposa dele, Yvonne, era ansiosa com relação ao marido, a própria aparência e a família. Ela visitou um médico, que receitou medicamentos que deveriam ajudá-la, mas ela se tornou dependente  de Maxiton, uma anfetamina, e Veronal, um barbitúrico.

Em 1951 ela recebeu uma carta anônima informando que seu marido estava tendo um caso com Jeanne Perreau. Ela vasculhou o guarda-roupas do marido e nele encontrou uma carta de amor de Jeanne. 

A mensagem era encerrada com "Sem você a vida não teria beleza ou significado para mim, Jeannette." 

Yvonne foi encontrar Leon Perreau, que disse a ela que sabia sobre o envolvimento de sua esposa com o marido dela, mas não se incomodava com isso. 
Em 11 de agosto de 1951, o Dr. Chevallier fez o juramento de ministro da educação, juventude e esportes. Enquanto isso, em casa, os Chevallier discutiam, e ela se atirou sobre o marido implorando pelo fim do relacionamento extraconjugal. Ele se negou a terminar o romance. 

Ela saiu correndo da sala para ir buscar uma arma que comprara recentemente, e ameaçou se matar. Ele disse a ela que se matasse.
Ela, então, disparou, mas não contra si mesma. Depois do quarto tiro, Mathieu, então com 10 anos, entrou no quarto dos pais para ver o que estava acontecendo. Yvonne, levou Mathieu para baixo e pediu à empregada da família para que cuidasse dele, voltou então ao quarto para dar o quinto disparo nas costas do marido moribundo. Ela ligou para a polícia e disse: "Meu marido precisa de vocês urgentemente."

O caso ocorreu em Orleans, França, em 11 de agosto de 1951.

Quando foi a julgamento (o local foi mudado de Orleans, onde o Dr. Chevallier havia sido um prefeito popular, para Rheims) em 5 de novembro de 1952, Yvonne alegou ter cometido um crime passional, mas uma pausa entre o quarto e quinto disparos contradizia essa versão. Na corte, Leon Perreau mostrou gostar do Dr. Chevallier, dizendo: "Eu me dava muito bem com ele." Foi quando madame Perreau depôs que a opinião publica passou a apoiar Yvonne, e ela foi absolvida. A igreja Católica a absolveu pelo assassinato. Ela foi à Africa para trabalhar com os pobres e acredita-se que tenha morrido nos anos 1970.


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