NÃO SE ILUDA COM UM SORRISO, A MALDADE ESTÁ NA MENTE...


Brenda Spencer - "I don't like Mondays"


"Não gosto de segunda-feira."


Brenda Ann Spencer nasceu em 3 de abril de 1962. 
Aos 16 anos, ela baixinha e muito magra, tinha o cabelo vermelho brilhante. Um colega descreveu-a como "muito feia". Ela não gostava da escola, mas se destacou nas aulas de fotografia.
Seus pais se separaram, e ela viveu com seu pai na pobreza, eles dormiam em um colchão de solteiro no chão da sala de estar. Mais tarde, a polícia encontrou várias garrafas de bebidas alcoólicas (meio vazias) por toda a casa. Em 2001 ela acusou seu pai, Wallace Spencer, de ter submetido-a a espancamentos e abuso sexual enquanto estava bêbado. Ele disse que as acusações não eram verdadeiras.
No início de 1978, os funcionários da escola em que ela estudava, disseram a seu pai que ela era suicida. No verão Spencer foi presa por atirar para fora das janelas da escola com uma arma de chumbinho, e por roubo. Em Dezembro sua oficial de condicional recomendou que ela fosse internada em um hospital psiquiátrico por causa de seu estado de depressão, mas o pai se recusou a dar permissão. No Natal de 1978, ele deu a ela uma Ruger 10/22, rifle semi-automático calibre .22 com mira telescópica e 500 cartuchos de munição. Spencer disse mais tarde:. "Eu pedi por um rádio e ele me comprou uma arma.” Quando perguntado por que ele poderia ter feito isso, ela respondeu: "Eu senti que ele queria que eu me matasse."



Um mês depois de ganhar a arma, na segunda-feira dia 29 de janeiro de 1979, ela conquistou fama quando começou a atirar contra a escola Grover Elementary School, em San Diego, de sua casa, do outro lado da rua. 
Spencer atirou contra o diretor Burton Wragg, 53 anos, quando ele tentava proteger as crianças. Mike Suchar, zelador, 56 anos, morreu quando tentava salvar o Sr. Wragg, que também morreu.


Spencer matou duas pessoas e feriu oito crianças e um policial. Vinte minutos após o inicio dos tiros, a polícia cercou a casa de Spencer e permaneceu ali por mais de sete horas. Enquanto ainda estava dentro da casa, um jornalista conseguiu falar com ela via telefone, ele perguntou em quem ela queria atirar, e a resposta foi: "Gosto de jaquetas vermelhas e azuis". Quando questionada sobre o motivo dos tiros, ela disse: "Não gosto de segunda-feira. Isso anima o dia...Não houve motivo, e foi só uma grande diversão...Como atirar nos patos em um lago...{As crianças} pareciam um rebanho de vacas andando por lá; foi fácil acertá-las."
Ela se entregou depois de mais de sete horas, os policiais encontraram várias garrafas de bebida pela casa, mas ela não parecia estar embriagada. 


Spencer foi julgada como adulta e confessou ter cometido dois assassinatos e uma agressão com arma mortal e foi condenada a 25 anos de prisão, com possibilidade de perpétua. Na prisão Spencer foi diagnosticada como uma epiléptica, ela recebeu medicação para tratar a epilepsia e depressão. Fez quatro pedidos de condicional desde sua prisão e todos os pedidos foram negados. Depois do pedido de condicional em 2005, ela alegou que na época dos crimes havia bebido e usado pó de anjo (PCP), e também pela primeira vez disse ter sido sexualmente abusada pelo pai. "Tive de dormir na cama do meu pai até os 14 anos", ela relatou.


A Cleveland Elementary School foi fechada em 1983 por ter poucos alunos. Hoje é a Magnolia Science Academy. Há no local uma placa em memória das vítimas.

Quase exatamente 10 anos mais tarde, houve outro tiroteio em outra escola chamada Cleveland Elementary, só que esta fica em Stockton, Califórnia. Cinco estudantes foram mortos e 29 ficaram feridos. O evento foi um "lembrete sombrio" para os sobreviventes do tiroteio de 1979, que disseram terem ficado "chocados, tristes, horrorizados" com as semelhanças estranhas à sua própria experiência traumática.

Curiosidade:
O comentário de Spencer, "Não gosto de segunda-feira", inspirou Bob Geldof a escrever a canção numero 1 dos Boomtown Rats com esse nome. (vide video abaixo)





 

                                          


                                         

não consegui incorporar o clipe, mas segue o link: https://www.youtube.com/watch?v=-Kobdb37Cwc 

                      

David Lashley



    "Você é um homem assustadoramente perigoso"

A loira e bela herdeira Janie Shepherd, australiana, 24anos, parecia ter tudo. Às 20:40 horas de uma sexta-feira, 4 de fevereiro de 1977, ela deixou o numero 103 de Clifton Hill, em St.John's Wood, Londres, uma casa luxuosa onde vivia com a prima, Camilla Sampson, Alastair. Janie estava ansiosa para começar o final de semana que passaria com o namorado Roddy Kinkead-Weekes, jogador de cricket do MCC. Eles ficariam no apartamento dele em Lennox Garden, Knighstbridge. Janie parou no supermercado Europa, em Queensway, para comprar truta, endívia, tomates e iogurte para o jantar. Depois disso desapareceu.



No dia seguinte, às 3:15 horas, o desaparecimento foi denunciado, e em 8 de fevereiro seu carro foi encontrado em Elgin Crescent, Notting Hill, coberto de lama. Ele havia sido rasgado por dentro com uma faca e multado duas vezes por estacionamento proibido. Porém, havia poucas pistas no carro. A polícia esperava por um pedido de resgate, mas nada aconteceu. A mãe e o padrasto de Janie chegaram da Austrália dois dias mais tarde para conduzir a própria busca, mas não havia pistas, e semanas se passaram sem que houvesse nenhuma notícia. A polícia interrogou todos os criminosos sexuais conhecidos naquela região. Os pais de Janie retornaram à Austrália em 12 de abril, e seis dias depois dois colegas encontraram o corpo dela em Devil's Dyke, Nomansland Common, sul de Harpenden em Hertfordshire.
Dez semanas e seis dias haviam se passado desde o desaparecimento.

Uma autópsia revelou que Janie havia morrido por compressão do pescoço, mas o perito não conseguiu determinar se a compressão havia sido manual ou por pressão de objeto. O corpo foi encontrado vestido com roupas diferentes daquelas que ela usava no dia em que desapareceu. A decomposição não permitiu afirmar se ela sofreu abuso sexual. A polícia tomou 825 depoimentos, mas não estava nem perto de capturar o assassino quando o júri pericial anunciou o veredicto de assassinato por autor desconhecido.


O principal suspeito do caso era um boxeador chamado David Lashley. Em 13 de dezembro de 1977 ele foi preso por 18 anos por vários crimes, inclusive tentativa de assassinato e dois estupros (um deles de uma jovem loira). Pouco antes da data em que terminaria de cumprir sua pena, Lashley contou a outro detento, Daniel Reece, como havia enganado Janie em Queensway antes de sequestrá-la, estuprá-la e assassiná-la. Às 7:00 horas de 17 de fevereiro de 1989, Lashley foi solto da prisão de Frankland e preso pela morte de Janie Shepherd. Em 19 de março de 1990, depois de uma deliberação de duas horas e quinze minutos, o júri decidiu que Lashley era culpado de assassinato, e ele foi preso com pena perpétua. O juiz Alliott disse: "Você é um homem assustadoramente perigoso, tanto que a verdadeira questão é se a lei pode algum dia permitir que você seja libertado enquanto for vivo."

                     

Susan Smith

"Senti que tinha de pôr fim à nossa vida para poupar-nos de sofrimento ou dano."



Susan Leigh Vaughan Smith (nascida em 26 de setembro de 1971) é uma americana que foi condenada à prisão perpétua pelo assassinato de seus próprios filhos. Nascida em Union, South Carolina, ex-aluna da University of South Carolina Union, ela foi condenada em 22 de julho de 1995 por assassinar seus dois filhos, um de 3 anos de idade, Michael Daniel Smith, nascido em 10 de outubro de 1991, e um de 14 meses de idade, Alexander Tyler Smith, nascido em 5 de agosto de 1993.  O caso ganhou atenção mundial pouco depois de desenvolvido, devido à sua alegação de que um homem negro havia roubado seu carro e sequestrado seus filhos. Mais tarde, ela alegou que ela sofria de problemas de saúde mental que a fazia perder o juízo.




 Ela está presa na prisão Leath da Carolina do Sul, perto de Greenwood.

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Ela trabalhava na Conso Products, a maior empregadora em Union, Carolina do Sul, e depois de se separar do marido começou um romance com um colega de trabalho, Tom Findlay, solteiro e rico, 27 anos, filho do dono da Conso Products. Porém, ele não queria criar os filhos dela e escreveu várias cartas para Susan, e em uma delas dizia: “Susan, eu poderia me apaixonar de verdade por você. Reconheço que tem qualidades encantadoras, e acho que você é uma pessoa fantástica. Mas, como já disse antes, algumas coisas em você não são apropriadas para mim, e, sim, refiro-me aos seus filhos”.



 Oito dias mais tarde, às 21:12 de 25 de outubro de 1994, ela disse à policia que havia sido assaltada em seu carro por um homem negro, e que o assaltante levara o automóvel com os filhos. Ela fez apelos lacrimosos na televisão pedindo pelo retorno dos filhos. Também foi feito um pedido pela internet. Após nove dias de investigação policial, (eles desconfiavam que ela estava mentindo, mas queriam acreditar que as crianças pudessem estar vivas), Smith, então com 23 anos, confessou no dia 3 de novembro. Nunca existira assalto nem homem negro.


Ela havia dirigido até o lago John D. Long, trancara o carro com os filhos pequenos nele e empurrara o carro para dentro do lago, onde as crianças se afogaram. Susan escreveu uma “explicação” para sua atitude: “Fiquei muito perturbada emocionalmente. Não queria mais viver! Sentia que não podia mais ser uma boa mãe, mas não queria que meus filhos crescessem sem mãe. Senti que tinha de pôr fim à nossa vida para poupar-nos de sofrimento ou dano...Estava muito apaixonada por alguém, mas ele não me amava, nunca me amou. Era muito difícil, para mim, aceitar tudo isso. Quando estive no lago John D Long, senti um medo e uma insegurança como jamais sentira antes. Queria muito acabar com a minha vida... e... desci do carro e fiquei ali parada, uma pilha de nervos. Desci ao ponto mais baixo quando deixei meus filhos descerem aquela rampa sem mim... Amava meus filhos como todo o meu { coração}. Isso nunca vai mudar...Meus filhos, Michael e Alex, agora estão com o Pai Celestial, e sei que eles nunca mais serão machucados. Como mãe, isso é mais importante para mim do que as palavras podem expressar...Depositei minha total confiança em Deus, e ele vai cuidar de mim”.



O julgamento de Smith começou em 19 de julho de 1995 no Tribunal de Union County. Às 19:55 de 22 de julho, depois de deliberar por duas horas e meia, o júri anunciou o veredicto de condenação por homicídio. Às 14:45 de 27 de julho, Smith foi sentenciada a trinta anos de prisão (na verdade prisão perpétua, mas poderá pedir condicional depois de ter cumprido 30 anos). Com mais exatidão: ela poderá pedir condicional em 4 de novembro de 2024.

(Os anjinhos que nasceram de um monstro)



Curiosidade: Smith manteve relações sexuais com pelo menos dois carcereiros, e em 2003 postou um anúncio em um website para condenados.
Só eu que achei ou ela parece um pouco com a Ana Carolina Jatobá? (caso Nardoni)





 Comentem! Obrigada.


Este video é da serie Most Evil Crimes. Mostra vários casos de mulheres assassinas e Susan está entre elas.

                                         O pai das crianças fala sobre o caso 15 anos depois.


Aqui mostra ela falando em rede nacional. (Claro que a policia desconfiou, ta na cara que ela ta mentindo)


                                 
Quando ela fez apelação por um novo julgamento


                                   
dois dias depois do assassinato


                                     
Cena do crime

Há vários videos sobre ela no youtube. 

Devido a algumas reclamações de leitores, retirei um comentário do meio do texto. Eis que vocês adoram comentar; mas eu, pelo visto, não posso. rs retirei para evitar mais reclamações. Passem bem e fiquem a vontade para criticar, elogiar, enfim... adoro ler os comentários.