NÃO SE ILUDA COM UM SORRISO, A MALDADE ESTÁ NA MENTE...


Richard Speck



Richard Benjamin Speck: 06/12/1941 – 05/12/1991.

HISTÓRIA:

Nasceu no estado de Illinois.
Era o 7o de 8 filhos. Cresceu no meio de uma família religiosa. Sua mãe era contra cigarros, bebidas… Seu pai, que ele gostava muito, faleceu quando Speck tinha 6 anos, e sua mãe casou-se novamente e a família mudou-se com os filhos para uma cidade perto de Dallas, Texas. O novo marido bebia muito e, de vez em quando, “sumia”, além de agredir o enteado.
Richard não tinha notas boas, e começou a beber aos 12 anos. Tinha cefaleias frequentes, talvez em decorrência de alguns traumatismos cranianos.

Por volta dos 15, faltava as aulas, envolvendo-se com outros mais velhos e conheceu maconha, calmantes etc. Aos 19, foi fazer uma tatuagem, mas estava sem ideias, e aceitou a sugestão do tatuador, escrevendo “Born to raise Hell” ( Criado para causar inferno ) no braço.

Teve passagens policiais por roubo e outros crimes. Sua família sempre resgatava-o.
Em 61, conheceu uma garota que logo engravidou. Casaram-se. Apesar de ter trabalho, Speck continuou com álcool, prostitutas, e a maltratava. Quando sua filha nasceu, estava preso.
Solto, tinha um comportamento sexual compulsivo com a esposa. Em 65, acusado de uma tentativa de estupro/homicídio, alegou estar bêbado e não lembrar-se; mas, assumindo a culpa, conseguiu redução da acusação para assalto agravado – ficou 5 meses preso.
A esposa pediu o divórcio.
Speck tentou voltar a sua terra natal, “em busca da infância perdida”. Mas não teve sucesso nisso, especialmente após saber que sua ex-mulher havia casado novamente, tão rapidamente.

Matou oito estudantes de enfermagem, do Hospital Comunitário do Sul de Chicago, em 14 de Julho de 1966.
Tinha, então, 24 anos. Apenas uma moça presente sobreviveu, Cora Amurao, escondendo-se debaixo da cama. Às cinco da manhã, gritou na rua:
“Oh, meu Deus, estão todas mortas!” Gloria Davy tinha as mãos amarradas para trás e uma tira de roupa esganava seu pescoço. Dois nós “perfeitos” amarravam a tira.
No andar de cima, todas as outras sete, empapadas em sangue, algumas em modo semelhante: enforcadas, mãos amarradas.
Uma, enforcada com as meias-calças brancas de enfermeira – e 18 facadas no peito e pescoço.
Outra, com um travesseiro cobrindo parcialmente seu rosto, mas suas pernas bem abertas, nua.
Outra, o olho também perfurado com facada. O primeiro oficial que chegou à cena, não conteve a emoção, e falava pelo rádio: “Ajuda! Ajuda! Ajuda! Oh, meu Deus, eu nunca vi nada como isso aqui...”.
O repórter policial que lá chegou, que já havia coberto até um acidente de avião, também não aguentou e vomitou. Os policiais que chegaram em seguida fizeram o mesmo.
A polícia começou imediatamente uma busca na área. A sobrevivente falou que ele tinha sotaque do Sul, e a polícia procurou em hotéis da redondeza.

Uma descrição de alguém parecido com o homem que procuravam foi obtida, mas não o encontraram.
Por volta de 10h30, Speck chegou a um bar. Limpinho. E começou a conversar com o garçom, conhecido seu. Comprou deste, de volta, um relógio que tinha lhe vendido. E pediu que ele guardasse uma faca que trazia – não a usada no crime. E começou a falar alto uma história sobre ter ido ao Vietnã, e sobre quantas pessoas matou lá com essa faca. Um freguês comprou a faca e os dois foram para outro bar.
Lá ouviram falar da sobrevivente, e Speck comentou: “Deve ter sido algum filho-da-puta sujo que fez isso!”.
Com outro cara, foi para outro bar... Disse a esse que tinha passado a noite com uma prostituta que achou-lhe tão bom na cama que deixou de graça o programa. Um agente conseguiu localiza-lo por telefone, disse que tinha que comparecer à firma de empregos, um serviço em tal lugar era oferecido.
Speck desconfiou, pois o serviço neste local já havia terminado.
Não foi à firma.
Policiais apareceram no hotel que estava agora, ele percebeu e disfarçou. Os policiais foram embora.
Ele pegou um táxi para o norte da cidade e se hospedou em outro hotel, usando nome falso.
No fim do dia, buscou uma prostituta e subiu para o quarto.
Na saída, ela disse ao atendente que ele tinha uma arma.
A polícia foi chamada para averiguar, na manhã seguinte. Policiais foram ao seu quarto e viram seus documentos verdadeiros – mas nem todos eles sabiam que Richard Speck era o homem a ser achado. Apenas pegaram sua arma, então, e foram embora. Speck saiu para a rua e começou a peregrinar novamente pelos bares. Fez novos conhecidos, e resolveu pegar suas coisas no hotel.
Quinze minutos depois, os agentes que o procuravam chegaram...
Deixou seus pertences noutro Hotel e saiu com os novos amigos para beber mais.
Cinco dias depois do crime, confirmou-se que a digital encontrada na cena era de Speck.
Um agente chamou a imprensa e anunciou. Speck viu isto tudo, inclusive fotos nos jornais, e voltou para o Hotel.
Então, cortou o pulso.
Enquanto sangrava, arrependeu-se. Um dos amigos de farra viu a cena, e tinha visto a foto dele no jornal. Ligou para a polícia e avisou que ele estava lá. Nenhum policial compareceu ao Hotel. Speck foi parar em um hospital, de táxi.. Em recuperação, um residente achou-lhe familiar.
Procurou pela tatuagem, descrita pela polícia. Speck pediu por água.
O residente pegou-lhe pelo pescoço e perguntou: “Você deu água para as enfermeiras?”.
E chamou um policial do Hospital.
No julgamento Speck é suspeito de alguns crimes de desaparecimento, estupro e assassinatos ocorridos anteriormente. O fato mais significativo ocorreu em 13 de Abril daquele ano, quando uma garçonete foi encontrada morta, com corte no abdómen.
Speck foi interrogado, mas se fingiu de doente e prometeu dar mais esclarecimentos depois – e não apareceu mais.
Poucos dias antes, em 2 de Abril, estuprou uma senhora e a roubou.

Mesmo com todas as evidências, Speck tentou negar a chacina. Na entrevista com um psiquiatra, disse várias vezes que, se falavam que foi ele, deveria ter sido então... Alegou, no julgamento, que estava bêbado e planejava apenas roubar.
Mas estuprou e torturou as vítimas por horas. Ao sair, parou em um local para jantar. Notaram, no estabelecimento, que aquele homem estava estranho, agitado.
Disse que não se lembrava do crime, mas no hospital que foi atendido, e reconhecido pelo médico, confessou a este – porém, estava sob efeito de drogas.
Contudo, em um filme feito dentro da cadeia entre os presos, em 88, que veio à tona alguns anos após sua morte, confessou e brincou sobre o incidente. No vídeo, havia cenas de sexo, de uso de drogas (Specker usando cocaína) etc. Ele fala: “Se soubessem o quanto estou me divertindo, me colocariam pra fora.” Perguntado sobre os sentimentos, atualmente, sobre os crimes, diz: “Como sempre me sinto. Não tenho sentimentos.” Sobre estrangulamentos: “Não é como na TV… Leva mais de três minutos e você precisa ter muita força.”
Parecia estar usando hormônios femininos, por causa dos seios crescidos. Alguns acham que pode ter sido obrigado a isto.
Foi condenado à pena de morte, na cadeira elétrica. Porém, em 1972 mudaram-se as leis estaduais, e foi condenado à perpétua (na verdade, prisão de 400 a 1200 anos!). Todos os seus pedidos de condicional foram negados.
Pintava a sela, coleccionava selos, escutava música… Foi pego com drogas várias vezes.
As punições não o assustavam: “Como poderei ter problemas? Estarei aqui pelos próximos 1200 anos!”
Pensou-se que tinha a síndrome XYY, mas depois descobriu-se que não. Morreu de enfarto. Em necropsia, notou-se alterações grosseiras no hipocampo e amígdala. A família não quis o corpo. Foi cremado.


A&E Biography - Richard Speck - Part 1


A&E Biography - Richard Speck - Part 2


A&E Biography - Richard Speck - Part 3


A&E Biography - Richard Speck - Part 4


A&E Biography - Richard Speck - Part 5