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TRAUMA DE INFÂNCIA

O conteúdo desta postagem foi retirado e adaptado do 3º volume dos 3 volumes dos livros "Mente Criminosa"  As ilustrações também foram retiradas do livro.

Aproveito para agradecer a divulgação e os comentários dos leitores.



Psicólogos contemporâneos concordam que o potencial de violência criminal é engendrado pelo trauma infantil dentro da família. Eventualmente, a criança aprende que uma resposta violenta ao abuso gera respeito e medo nos outros, e desta forma desenvolve a crença de que a violência é a melhor forma de lidar com as pessoas.

A mais perturbadora das recentes tendências da criminalidade é o aumento da incidência de homicídios em série, especialmente nos Estados Unidos. Diversos investigadores norte-americanos insistem que a causa pode ser encontrada, como a maioria das teorias psicológicas descritas nos posts anteriores sugerem, na negligência ou ao abuso grave durante a infância. Dizem que o feto no útero pode ser afetado pelo alcoolismo ou uso de drogas da mãe, ou até pela tensão psicológica de uma gravidez indesejada ou infeliz.

Um efeito dos traumas na primeira infância é o "transtorno dissociativo de identidade", descrito como uma "técnica criativa de sobrevivência", que uma criança usa para escapar do abuso emocional, físico ou sexual. "Durante a dissociação", um psicólogo escreveu que "a pessoa não é capaz de associar determinadas informações como o resto das pessoas, permitindo uma fuga mental temporária do medo e da dor da experiência. "Esse processo pode, às vezes, resultar em uma lacuna de memória relativa ao trauma, o que pode afetar o sentimento de identidade e história pessoal da pessoa e até resultar em uma fragmentação do eu". Este efeito, que claramente lembra a teoria de crise de identidade de Erikson, ( vide post: http://pasdemasque.blogspot.com/2011/10/teorias-modernas-da-criminalidade.html ) pode continuar na vida adulta. Aparece ilustrado na sugestão de Paul Britton sobre os interrogatórios de Paul Bostock.

O argumento é convincente, embora seja difícil aceitar que o nível de abuso infantil nos Estados Unidos seja tão elevado assim, comparado com outros países, já que 75% dos serial killers do mundo inteiro são norte-americanos. Na verdade, há indícios que afirmam o contrário. Por exemplo, no início do século XX, Carl Panzram, um criminoso patológico, escrevendo de uma prisão norte-americana em 1930, disse que tinha assassinado 21 pessoas e cometido milhares de assaltos, roubos, fraudes e armações.
Disse ainda: "Toda a minha família era como o resto dos seres humanos. Eram honestos e pessoas que gostavam de trabalhar. Todos menos eu. Eu fui um animal desde que nasci. Quando eu era muito jovem, 5 ou 6 anos de idade, era um ladrão, um mentiroso e uma pessoa desprezível. Conforme fui ficando mais velho, mais terrível fui ficando".
Vide post : http://pasdemasque.blogspot.com/2009/03/carl-panzram.html para saber mais sobre Panzram.



No entanto, na ausência de outras teorias convincentes, os números devem falar por si.
Lonnie Atenas, criminalista norte-americano, realizou um estudo extenso sobre criminosos violentos na prisão e disse ter identificado um padrão de desenvolvimento social comum a todos, um processo em quatro fases que geralmente ocorre no seio da família e que chamou de "violenciação". Muito do seu trabalho foi baseado nas experiências de sua própria infância. As quatro etapas são:

1. Brutalização: A criança é obrigada a se submeter a uma figura de autoridade agressiva que usa ou ameaça usar a violência. Observa a obediência gerada pela violência e aprende da figura de autoridade que a violência pode ser usada para resolver disputas.

2.Beligerância: A criança está determinada a evitar a subjugação violenta e começa a lançar mão da violência também.

3. Comportamento violento: Sua resposta violenta perante a provocação é bem-sucedida e ganha respeito e medo dos outros.

4. Virulência: Banhada no sucesso, a pessoa decide que a violência é a melhor maneira de lidar com as pessoas e começa a se relacionar com outros que pensam o mesmo.

A POSSIBILIDADE DE TRATAMENTO

Considerando o numero de linhas de pesquisa descritas acima e nos posts anteriores, uma pergunta aparece naturalmente: seria possível tratar criminosos condenados - particularmente os assassinos e estupradores - de forma que se possa garantir que se forem soltos não iriam atacar novamente? Ou, igualmente importante, o potencial de criminalidade poderia ser detectado cedo para poder tomar medidas que possam evitar seu desenvolvimento?
Infelizmente, os métodos atuais de tratamento psicológicos de delinquentes nas instituições não parecem ser eficazes. Já houve muitos casos em que criminosos violentos -  Edmund Kemper e Henry Lee Lucas são excelentes exemplos - foram declarados "curados", mas, depois de soltos, reiniciaram e até aceleraram o ritmo dos crimes.

Desde dezembro de 1985 uma unidade especial da prisão de Parkhust na Grã-Bretanha vem tratando criminosos violentos. O psiquiatra da unidade descreve o seu trabalho como "desenredar os efeitos de longo prazo do abuso infantil". Ele é contra o uso de drogas tranquilizantes que, segundo a pesquisa médica, podem provocar comportamentos violentos.

A ideia de que os níveis de testosterona elevados eram a causa principal nos casos de estupro e em outros delitos sexuais levou muitos países europeus entre 1920 e 1930 a legalizar a castração dos criminosos sexuais ( acho super justo isso, deveria ser legalizado no Brasil também ) Embora tais operações, não é possível determinar que tenham de fato reduzido ou amenizado a agressão sexual.
Nos últimos 30 anos, algumas drogas específicas que reduzem os efeitos da testosterona foram oferecidas aos delinquentes como uma alternativa à castração. Em alguns casos resultaram ser eficazes, mas deviam ser administradas em doses elevadas e não pareciam oferecer uma cura definitiva.
Sociólogos dizem que o desenvolvimento precoce de tendências psicopáticas nas crianças pode ser detectado e notificado, e que eles poderiam obter autorização oficial para aplicar tratamentos comportamentais. No entanto, isso exigiria um programa muito grande e extremamente dispendioso para o qual não existe financiamento nem justificativa para tal grau de interferência social. Parece, portanto, que não existe forma de detectar e inibir o desenvolvimento da personalidade criminosa, até que seja revelada na execução de um crime - eis onde entra o criador de perfis.


No próximo post falarei dos criadores de perfis. NEGOCIAÇÃO e INTERROGATÓRIO

                                       

Teorias Modernas da Criminalidade

O conteúdo desta postagem foi retirado e adaptado do 3º volume dos 3 volumes dos livros "Mente Criminosa"  As ilustrações também foram retiradas do livro.

Aproveito para agradecer a divulgação e os comentários dos leitores.




O psicólogo forense Paul Britton se descrevia como o "homem do quebra-cabeça". A avaliação da psicologia do criminoso é o processo que reúne uma grande variedade de pistas para poder construir uma imagem completa da personalidade.


Ao longo do século XX, os psicólogos estudaram as causas profundas da personalidade criminosa. No entanto, apesar de já ter se passado um século desde A Interpretação dos Sonhos (1900), de Sigmund Freud, grande quantidade de explicações psicológicas contemporâneas do desenvolvimento das personalidades violentas ou sexualmente problemáticas continua baseada nas teorias freudianas.

A teoria freudiana concentra a atenção sobre como as relações no seio da família afetam a maneira como uma pessoa cria formas de lidar com outras fora do círculo familiar. Por exemplo, segundo Freud, todas as crianças do sexo masculino experimentam um conflito entre o amor que sentem pelo pai e o ciúme por conta da relação deste com a mãe. Se a mãe for muito permissiva ou o pai for ausente, a criança não consegue resolver o seu ciúme e pode desenvolver ódio pelas mulheres e expressar isso atacando-as. Essa parecia ser a motivação do "assassino das universitárias", Edmund Kemper.

No entanto, a teoria de Freud não consideram muitos outros aspectos que levam ao desenvolvimento de uma personalidade criminosa, incluindo um fator que os psicanalistas contemporâneos ressaltam frequentemente: o ponto em que esses conflitos da infância emergem novamente como uma característica da rebelião adolescente contra os pais. Isso pode resultar em uma atividade violenta se não for tratada de forma adequada pela família no momento oportuno.
O psicanalista alemão Eric Erikson complementou a teoria freudiana básica nesse sentido. Quando era jovem, conheceu a filha de Freud, Anna, que o incentivou a estudar psicanálise infantil no Instituto de Psicanálise de Viena.
Em 1933 ele se mudou para os Estados Unidos e lecionou nas universidades de Yale e Harvard enquanto estudava a influência da sociedade das crianças norte-americanas. Seu primeiro livro, publicado em 1950, foi intitulado Infância e Sociedade. Ali, ele apresentou o conceito de crise de identidade: o conflito que acompanha cada passo no desenvolvimento da identidade pessoal. 

O psicanalista Eric Erickson começou estudando a influência da sociedade e da cultura no desenvolvimento de crianças. Ele identificou a ocorrência de oito "crises de identidade" durante a vida do indivíduo.


Erickson definiu oito fases da vida durante as quais as crises interpessoais devem ser resolvidas:

1. Fase oral-sensorial, do nascimento aos 12/18 meses. A alimentação do bebê resulta em um relacionamento amoroso e confiante com quem exerce a função ou desenvolve-se um sentimento de desconfiança.

2. Fase muscular-anal, dos 18 meses aos 3 anos. As energias da criança estão direcionadas a melhorar as habilidades físicas, como caminhar e aprender usar o banheiro. A vergonha e a dúvida podem se desenvolver se a etapa não for tratada com cuidado.

3. Fase da locomoção, dos 3 aos 6 anos. A criança se torna mais independente e assertiva, mas pode desenvolver culpa se os comportamentos agressivos não forem controlados.

4. Etapa de latência, dos 6 aos 12 anos. A criança está na escola e deve dominar novas competências, caso  contrário, podem se desenvolver sentimentos de inferioridade e fracasso.

5. Fase adolescente, dos 12 aos 18 anos. Pode ser um período de confusão. O adolescente deve alcançar um sentido de identidade em áreas como a sexualidade, o trabalho, a política e a religião.

6. Adulto jovem, dos 19 aos 40 anos. É o momento em que deverá desenvolver relações íntimas. Se não, haverá um sentimento crescente de isolamento.

7. Adulto intermediário, dos 40 aos 65 anos. A criatividade diminui e a estagnação ameaça. As pessoas devem encontrar uma forma de se relacionar com a próxima geração.

8. Maturidade, dos 65 até a morte. É o momento de entrar em um acordo com a própria vida, lutando contra a falta de esperança e desenvolvendo o sentimento do dever cumprido.

Cada fase de crise está claramente definida por um elemento negativo, na ordem seriam desconfiança; vergonha e dúvida; culpa; inferioridade; confusão; isolamento; estagnação e desesperança.
Embora o sistema de oito etapas de Erikson tenha sido criticado, ele identificou pontos críticos na vida tanto no desenvolvimento quanto na maturidade, quando um sentimento de identidade pessoal é confrontado e pode criar um comportamento antissocial ou levar à alienação. As fases 3 a 5 são aquelas em que é mais provável que surja a personalidade patológica criminosa se as crises de identidade forem muito graves.
Um exemplo disso é a chamada "tríade Macdonald". Macdonald, psicólogo norte-americano, propôs que o psicopata em desenvolvimento podia ser identificado por três características progressivas na infância: molhar a cama, provocar incêndios e ser cruel com animais.
A maioria dos psicólogos criminalistas não concorda com a generalização de Macdonald. Embora esses comportamentos sejam frequentes na história de vários serial killers, este seria mais um caso da generalização que vai do particular ao geral.

COMPORTAMENTO CONDICIONADO


O psicólogo e vencedor do Prêmio Nobel Ivan Pavlov, pioneiro da psicologia comportamental.

No sentido oposto da teoria freudiana se encontra o trabalho dos "teóricos da aprendizagem", com destaque para o principal deles, o psicólogo experimental norte americano B.F. Skinner (1904-1990). Ele acreditava que o comportamento de uma pessoa se desenvolvia como resultado da vivência das consequências desse comportamento e do aprendizado que podia tirar disso. Skinner fez muito do seu trabalho experimental com animais, especialmente pombos, que eram treinados para responder, de forma particular, a estímulos específicos...


B.F Skinner teorizou que o comportamento de uma pessoa está "condicionado" - muda e se desenvolve -, aprendendo das consequências desse comportamento.

...De fato, era a continuação dos experimentos sobre condicionamento animal realizadas originalmente pelo psicólogo russo e vencedor do prêmio Nobel Ivan Pavlov, no início do século XX.

Skinner desenvolveu a "caixa de Skinner", que contava com uma alavanca e uma luz. O animal era colocado na caixa e rapidamente descobria que se pressionasse a alavanca quando a luz estivesse acesa, receberia alimento como recompensa...

Caixa de Skinner

...A partir desta e de outras observações. Skinner passou a aplicar o princípio do "condicionamento operante" nos seres humanos. No entanto, os animais experimentais de Skinner tinham uma gama muito limitada de estímulos e as recompensas - os "reforços" - eram igualmente limitadas. Os seres humanos são capazes de escolher entre uma ampla gama de experiências que provocam satisfação. Mas são poucas as ocasiões em que, depois da primeira infância, o comportamento continua sendo moldado apenas pela recompensa ou pelo castigo. O grande número de reincidentes nas prisões é uma prova disso.

No entanto, os criminosos certamente aprendem com a experiência, mas isso se deve menos às respostas condicionadas do que ao raciocínio. O agressor provavelmente começa tirando vantagem de uma oportunidade, como a criança que pega um brinquedo alheio ( ou a pomba que de repente recebe um grão como recompensa). Porém, conforme se torna mais experiente, ele começa a ver suas ações criminosas sob uma luz mais abstrata e consegue imaginar as consequências e as implicações que podem ter.

O "Canibal de Milwakee", Jeffrey Dahmer, (vide http://pasdemasque.blogspot.com/2008/11/jeffrey-dahmer.html) não planejou seu primeiro assassinato, mas logo desenvolveu sua técnica para encontrar suas vítimas e dopá-las antes de assassiná-las. David Canter chamou esse tipo de planejamento de "cálculo criminal".

AS TEORIAS DE EYSENCK

O psicólogo britânico Hans Eysenck estudou a distinção fundamental de Jung entre extrovertidos e introvertidos durante a década de 1950. Jung enxergava uma escala contínua que ia da introversão até a extroversão e disse que todos poderiam ser colocados em algum lugar ao longo dessa escala.
Eysenck propôs duas dimensões principais para cada personalidade: uma escala que vai de extroversão até introversão e a outra de estável para instável. Tal ideia tem a forma de um diagrama. Em dois lados, as escalas vão de estável até extrovertido e de extrovertido até instável. Nos outros dois lados vão de estável para introvertido e de introvertido para instável.


O psicólogo Hans Eysenck, que considerava que a personalidade criminosa era uma combinação de fatores hereditários e ambientas.


Diagrama representando a escala de tipos de personalidade de Eysenck. A maioria das pessoas se encontra em um dos quatro lados do diamante.

Os quatro lados do diamante recebem os nomes de tipos de personalidade que foram descritos pela primeira vez 500 anos atrás:

- estável para extrovertido: sanguíneo
- extrovertido para instável: colérico
-estável para introvertido: fleumático
-introvertido para instável: melancólico

A maioria das pessoas está em algum lugar no meio desse intervalo. O tipo sanguíneo revela qualidades de liderança, é animado e calmo, falastrão e sociável. O tipo colérico avança em direção à instabilidade pela impulsividade, irritabilidade, agressividade e agitação e pode ser muito sensível. O tipo fleumático é calmo, de humor estável e cheio de ideias, mas conforme a tendência para a introversão aumenta, torna-se demasiado cuidadoso e passivo. O tipo melancólico é pouco sociável, pessimista, de opiniões rígidas, ansioso e temperamental. Consequentemente, as personalidades instáveis devem ser de tipo colérico avançado ou melancólico.
Eysenck foi duramente criticado, pelo menos parcialmente por basear suas teorias na hipótese, que ele disse ter criado experimentalmente, de que os indivíduos diferem geneticamente na sua capacidade de aprendizagem, em especial na sua capacidade de responder às condições do ambiente. Ele também assumiu que o crime pode ser uma escolha racional e natural para certos indivíduos por conta da possibilidade de maximizar o prazer e minimizar a dor. Portanto, acreditava que a personalidade criminosa estava baseada em uma combinação de fatores hereditários e ambientais.
Eysenck foi forçado a introduzir uma terceira dimensão da personalidade, que chamou de psicoticismo: a pessoa tende a ser solitária, cruel e à procura de sensações. Como essa dimensão se adaptava às dimensões de introversão - extroversão e estável - instável não era claro, mas Eysenck a associava com a criminalidade. Um estudo recente que incluiu criminosos e não-criminosos deu certo apoio às suas teorias. Os extrovertidos instáveis e os extrovertidos psicóticos instáveis foram encontrados somente entre os criminosos.
Os introvertidos estáveis foram encontrados apenas entre os não-criminosos. Os introvertidos instáveis e os extrovertidos estáveis eram encontrados em ambos os grupos.



A personalidade Criminosa

Durante muitos anos, psicólogos vem procurando métodos para avaliar e definir os diversos aspectos da personalidade humana e estabelecer os padrões de normalidade. Ao mesmo tempo, alguns pesquisadores têm dificuldades para determinar se podem ser feitas generalizações sobre a personalidade criminosa "normal" e em que medida ela difere das normas da população geral. Investigadores comparam testes de personalidade de criminosos famosos e de pessoas "não-criminosas" que supostamente devem representar a norma comum.
Há mais de 30 tipos diferentes de testes de personalidade. Existem avaliações de QI, testes de associação livre, o teste Rohrchach (em que a pessoa deve interpretar um simbolismo inerente de ma mancha simétrica de tinta) e - aquele que tem sido considerado o mais confiável na avaliação da personalidade criminosa - O Minnesota Multiphasic Personality Inventory (MMPI)

Uma figura Rohrschach, a qual não tem conteúdo representacional inerente e que é gerada ao dobrar uma folha de papel sobre uma gota de tinta. Quem faz o teste diz o que "vê" no padrão resultante e as suas respostas podem dar ao psicólogo uma ideia sobre sua personalidade.

Quem quiser fazer o teste http://www.cyf.com.br/mmpi/teste.html é avaliado por profissionais.
Nesse aqui o resultado sai na hora http://www.galenoalvarenga.com.br/testes-psicologicos/mmpi-2-online-teste-psicologico-para-avaliar-personalidade-e-transtornos-mentais e aqui tem outros tipos de testes, como depressão etc... http://www.galenoalvarenga.com.br/

TESTANDO A PERSONALIDADE

O MMPI foi desenvolvido na década de 1950. É um questionário de 550 frases em que os indivíduos devem decidir se a frase é verdadeira ou falsa quando aplicada a si próprio. Há um número de frases de confirmação incorporadas ao questionário que foram criadas para detectar as respostas falsas.
O teste está dividido em dez escalas e a pessoa obtém uma pontuação em cada uma delas. Não há pontuação em global. Cada um dos dez pontos é exposto em um gráfico a partir do qual a personalidade pode ser avaliada (veja box acima).
A espaca Pd (4)  foi especialmente concebida para distinguir os delinquentes do resto dos grupos. Um estudo realizado em 1967 concluiu que na maioria das vezes essa diferenciação entre criminosos e não-criminosos ocorre de forma apropriada. No entanto,, aqueles que tinham abandonado a escola, fossem delinquentes ou não, tinham uma pontuação Pd maior que os outros, assim como jovens ambiciosos, profissionais empreendedores, empresários agressivos, atores profissionais e aqueles que tinham, acidentalmente, atirado em alguém durante um acidente de caça. Um estudo mais recente (em 1993) sugeriu que uma combinação dos resultados das escalas 4(Pd) e 9(Ma) poderia ser melhor na hora de prever a criminalidade, mas a praticidade de tais testes na criminologia permanece duvidosa.

O TESTE DO "NÍVEL-I"

Outro tipo de teste de personalidade é o da "maturidade interpessoal" ou "nível-I". As pessoas são avaliadas em suas habilidades sociais e designadas a um dos sete níveis de desenvolvimento de maturidade em ordem crescente. Resumidamente, os sete níveis-I são:

I-1: autoconsciências básica de si mesmo, distingue-se daquilo que não faz parte de sua pessoa.
I-2: diferenciação entre pessoas e objetos
I-3: distinção de regras sociais simples
I-4: consciência das expectativas dos outros
I-5: empatia com os outros e compreensão da diferenciação dos papéis
I-6: diferenciação entre o papel social e o papel de si mesmo
I-7: plena consciência do processo de integração entre si mesmo e os outros.

Uma pessoa que atinge a maturidade social plena é aquela que conseguiu passar com sucesso pelas crises de identidade anteriores postuladas por Erikson.
Estudos feitos na década de1970 descobriram que todos os criminosos condenados eram socialmente imaturos em certo grau, ficando nos níveis 2,3 ou 4.
O nível I-2 representa uma pessoa preocupada apenas com suas próprias  necessidades, incapaz de compreender ou prever as reações dos outros. As pessoas neste nível foram divididas em "associais e agressivas" (ativamente exigentes e agressivas quando ficam frustradas) e "associais passivas" (se isolam e reclamam quando ficam frustradas).
No nível I-3, as pessoas mostram certa consciência dos efeitos do seu comportamento sobre os outros; consideram o ambiente como algo que pode ser manipulado pelo exercício do poder e dependem de regras rigorosas do tipo " é ou não é". Estão divididos em "conformistas culturais", que adaptam o seu comportamento a um determinado grupo delinquente e "manipuladores associais" que tentam usar a autoridade para chegar aos seus objetivos.

As pessoas I-4 estão preocupadas com o status e o respeito. Imitam os papéis dos outros, possivelmente se identificam com alguns heróis e criam normas rígidas para eles mesmo que podem produzir sentimentos de inadequação. Aqueles considerados "neuróticos" podem fingir suas reações de culpa para não tomar consciência de sua inadequação ou tornar-se emocionalmente perturbados por conta da ansiedade. Outros reagem de forma imediata às crises familiares ou pessoais. Um quarto grupo vive sob a influência de suas próprias crenças delinquentes.
Os resultados tanto dos testes do MMPI quanto do nível-I sugerem que existe uma relação distinguível entre a assertividade e a criminalidade, a hostilidade, o ressentimento da autoridade e o comportamento psicopata. No entanto, existe uma desvantagem inerente à investigação que tem sido feita usando algum desses testes. Todos os estudos compararam criminosos condenados com pessoas que não eram criminosas, sem passagem pela polícia. Porém, esse grupo poderia muito bem conter criminosos que tinham evitado a detenção e a condenação (uma questão que já tinha sido levantada por Brent Turvey).
Além disso, algumas das características de personalidade encontradas nos criminosos condenados poderiam muito bem não derivar de algo inerente à sua natureza ou da infância, mas de sua relação com o sistema de justiça, o que poderia certamente resultar em um ressentimento contra a autoridade.

vide post: http://pasdemasque.blogspot.com/2008/11/quem-nunca-viu-it-o-palhao-assassino.html


William Heirens, 17 anos de idade, (supostamente, porque há controvérsias e eu particularmente acho que talvez não tenha sido ele) matou duas mulheres em seus apartamentos em 1945 e posteriormente desmembrou e sequestrou uma menina de seis anos de idade. Após matar a sua segunda vítima, deixou uma mensagem com batom em uma parede: "Pelo amor de Deus, prendam-me antes que eu mate mais alguém, não consigo me controlar". Ele disse que os assassinatos foram cometidos por outro elemento da sua personalidade, que ele chamava de "George Murmam".
Vide post: http://pasdemasque.blogspot.com/2009/01/william-george-heirens-o-assassino-do.html



Post sobre Richard Ramirez http://pasdemasque.blogspot.com/2008/11/nascido-no-ano-de-1960-em-el-paso-texas.html

Pessoal, vou aproveitar para indicar o livro "Mentes Perigosas, o psicopata mora ao lado" de Ana Beatriz Barbosa Silva. O livro é ótimo, mas conheço algumas pessoas que ficaram assustadas e não terminaram o livro porque começaram a achar que todo mundo era psicopata rs. Eu adorei o livro. FICA A DICA.




Postagem Especial - 4 "Mente Criminosa" A voz do Alerta

O conteúdo desta postagem foi retirado e adaptado do 3º volume dos 3 volumes dos livros "Mente Criminosa" (estou tentando encontrar os 2 primeiros volumes) As ilustrações também foram retiradas do livro.

Aproveito para agradecer a divulgação e os comentários dos leitores.

A Voz do Alerta:

A identificação de uma voz gravada altamente subjetiva. Todos nós acreditamos que podemos reconhecer a voz de um membro da família ou de um amigo no telefone, mas a experiência mostra que é fácil cometer um erro. Pode haver distorção na linha e - se a mensagem for gravada - as deficiências técnicas do equipamento podem tornar a voz irreconhecível. E quando a voz gravada de um criminoso é transmitida na rádio ou na televisão esperando que alguém o reconheça, as pessoas muitas vezes apontam para várias pessoas, convencidas de que "conhecem essa voz". A polícia também precisa ser capaz de distinguir entre a verdadeira voz gravada de um delinquente e a voz de pessoas perturbadas que confessam o crime sem tê-lo cometido.

Especialistas em linguística podem detectar as sutilezas de sotaques regionais e as nuances da estrutura das frases e podem ser capazes de colocar a voz de uma pessoa dentro de limites geográficos ou sociais bem reduzidos...



...A procura pelo estripador de Yorkshire, por exemplo intensificou-se por muitas semanas após os peritos terem identificado corretamente a voz na "fita do estripador" como pertencente a um pequeno grupo de cidadezinhas no nordeste da Inglaterra. A fira era uma fraude gravada por um desconhecido...

Para quem não conhece o caso do Estripador de Yorkshire: http://pasdemasque.blogspot.com/2010/02/peter-sutcliffe-yorkshire-ripper.html

...No entanto, mesmo o reconhecimento correto da voz de alguém, que pode levar a polícia até o infrator, raramente é aceitável como prova. Os cientistas forenses ficaram maravilhados quando a técnica de identificação de voz ou "registro de voz" - que poderia ser demonstrada na prática perante o júri - foi aceita por um tribunal nos Estados Unidos em 1967.


O chefe-adjunto de West Yorkshire, George Oldfield (centro), ouve uma gravação de baixa qualidade do homem que erroneamente achavam que fosse o Estripador de Yorkshire.

Um Caso Histórico:

Durante os tumultos de 1965 no distrito de Watts, na cidade de Los Angeles, um repórter da CBS gravou uma conversa com um jovem. O homem falava de como fazia para tocar fogo pela cidade, mas ficava de costas para a câmera. Mais tarde, a polícia prendeu o jovem King Edward Lee, de 18 anos, por suspeita de assassinato e pediu a Lawrence Kersta - o criador da tecnologia do registro de voz - que comparasse as fitas gravadas com a voz de King.
Em julgamento cansativo e extenso, Kersta afirmou que os registros de voz eram idênticos e King foi condenado por homicídio. Ele recorreu da decisão dizendo que a gravação de sua voz se configura como prova contra si mesmo, fato que é proibido. Finalmente, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos decidiu que o "direito de privilégio" contra autoincriminação não é aplicável nesses casos.


Uma cortina de fumaça sobe no distrito de Watts no centro de Los Angeles durante os motins de 18 de agosto de 1965.


O Espectrógrafo de Kersta:

Durante a Segunda Guerra Mundial, os soldados norte-americanos que grampearam as comunicações militares de rádio dos alemães precisavam ser capazes de distinguir e identificar as diferentes pessoas que falavam. Eles pediram aos cientistas e engenheiros da Bell Telephone Laboratories em Nova Jersey que desenvolvessem um método eletrônico para gravar e identificar padrões específicos de voz. Um dos eleitos para resolver o problema era Lawrence Kersta, que continuou sua pesquisa mesmo depois de a guerra acabar. Em 1963, ele finalmente aperfeiçoou um método de gravação de tom, volume, ressonância e articulação da voz humana, que foi chamado de "espectrograma".


Comparação dos timbres de voz na tela de um computador. As duas amostras principais são os resultados característicos do formato de onda do filtro de frequência eletrônica e o segmento no meio é o espectrograma de comparação.

O som da voz humana depende de dois fatores gerais. Um deles é a ressonância - criada na garganta, no peito e na cavidade arredondada da boca pelos movimentos da laringe e das cordas vocais. O outro mais característico, é a utilização dos articuladores - lábios, dentes, língua, mandíbula etc. -, que definem os sons de cada palavra.

Como Kersta escreveu, "a chance de duas pessoas terem a mesma dinâmica de utilização de padrões nos articuladores é remoa. O argumento da singularidade do padrão de voz, portanto, baseia-se na improbabilidade de que dois oradores tenham a mesma dimensão da cavidade vocal e os mesmos padrões de utilização dos articuladores de identificação de voz".

O espectrógrafo de Kersta está composto por quatro partes: um gravador de fita magnética de alta qualidade; um filtro de frequência; uma fita de aspersão no tambor e uma caneta eletrônica que registra as leituras sobre um papel sensível. O resultado também pode ser exibido na tela ou gravado no computador para uma análise mais detalhada. 
Uma amostra de discurso de 2,5 segundos gravado na fita passa várias vezes pelo filtro de frequência eletrônica . Assim são selecionada progressivamente as bandas estreitas de frequência, indo gradualmente de baixo para cima, e a caneta registra a sua intensidade relativa. A impressão final é o padrão de uma sequência de linhas que representa todas as frequência da voz da pessoa e suas intensidades. Podem obter-se dois tipos de registro de voz.

O primeiro, a impressão de barras, normalmente é produzido como evidência no tribunal. A escala horizontal representa o tempo da gravação, a escala vertical representa pela densidade da impressão. O segundo tipo é a impressão de contornos, que exibe as características mais complexas da voz e é mais adequado para as análises informáticas.

Durante a sua pesquisa para determinar a qualidade única do registro de voz, Kersta fez 50 mil gravações de vozes diferentes. Embora muitas parecessem semelhantes ao ouvi-las, o espectrógrafo demonstrou claramente suas diferenças. Kersta até chamou imitadores profissionais e mostrou que, embora as imitações fossem muito semelhantes à voz original, seus registros de voz eram muito diferentes.

Mais de 5 mil casos de identificação de voz foram tratados por especialistas em registro de voz nos Estados Unidos até hoje. Os casos incluem assassinato, estupro, extorsão, narcotráfico, furto, ameaça de bomba, atividades terroristas, crime organizado, corrupção política e sonegação fiscal. Um levantamento do FBI sobre seu próprio desempenho em 2 mil casos tinha um índice de erro de apenas 0,31% de falsas identificações e 0,53% de eliminações incorretos. 

A apresentação de registros de voz como evidência, tal como acontece com as impressões digitais, exige o estabelecimento acordado de um número de pontos de identificação. No momento não existe uma norma comum. A receita Federal dos Estados Unidos exige um mínimo de 20 características idênticas na voz, mas outras agências exigem apenas dez. Até agora, os outros países continuam duvidando do valor dos registros de voz e não adotaram ainda essa técnica revolucionária.

Obviamente, os registro de voz têm pouca utilidade se não forem comparados com a voz de um suspeito conhecido. No entanto, os analistas podem detectar características específicas que, em combinação com os perfis psicológicos intuitivos, podem ajudar a reduzir o campo das buscas na investigação.



Quando Clifford Irving escreveu as memórias de Howard Hughes, o excêmtrico milionário quebrou um silêncio de 15 anos para fazer uma chamada de duas horas em seu refúgio nas Bahamas para denunciar o trablho como uma " ficção totalmente absurda". Lawrence Kersta analisou as gravações da conversa e as comparou com uma gravação de um discurso que Hughes tinha feito há mais de 30 anos. Ele concluiu que a voz no telefone, sem dúvida, era de Hughes.


O BATEDOR DE CARTEIRAS ASSASSINO

Depois da aceitação dos registros de voz em 1967 no caso Edward Lee King, várias autoridades policias dos Estados Unidos começaram a trabalhar com a identificação de voz. A polícia de Michigan foi uma das primeiras a fazê-lo.
Em setembro de 1971, um fiscal de jogo da região de Green Bay, Wisconsin, foi dado como desaparecido e, no dia seguinte, seu corpo, decapitado e com vários tiros, foi encontrado em uma cova rasa com a cabeça enterrada nas proximidades.
O policial encarregado do inquérito, o sargento Marvin Gerlokovski, pensou que o assassinato tinha sido uma vingança e todos aqueles que tinham sido detidos pelo fiscal foram chamados para um interrogatório.
Aqueles que não consequiram demonstrar um bom álibi foram intimados a enfrentar o teste do polígrafo ("detector de mentiras"). Apenas um se recusou: Brian Hussong, um homem conhecido localmente como um batedor de carteiras.
Gerlikovski obteve uma ordem judicial que permitia colocar um grampo no telefone de Hussong e ter as conversas gravadas. Uma dessas conversas foi com sua avó, de 83 anos de idade, que lhe garantiu que as armas estavam escondidas. Uma busca na casa dela encontrou as armas e o exame feito por balística confirmou que uma delas tinha sido usada contra o fiscal.
No julgamento de Husson, sua avó negou ter conhecimento das armas. No entanto, um analista da Unidade de Identificação de Voz do estado de Michigan, apresentou os registros de voz como evidência e demonstrou que a voz da avó era idêntica e que claramente era muito diferente do resto dos parentes de Hussong.





O caso polêmico da rainha de beleza infantil JonBenét Ramsey

Aproveito para agradecer a divulgação e os comentários dos leitores.


Não gosto de postar sobre casos que não foram solucionados, mas há exceções. Este caso continua sem solução, mas vale a pena postar sobre ele.

JonBenét Ramsey

 JonBenét Patricia Ramsey (06 de agosto de 1990 - 25 de dezembro de 1996) foi uma americana rainha de beleza infantil que foi assassinada em sua casa, em Boulder, Colorado, em 1996. Aos seis anos de idade, o corpo foi encontrado no porão da casa da família quase oito horas depois de ter sido dado como desaparecido. Ela tinha sido atingida na cabeça e estrangulada. O caso, que depois de várias audiências com júri ainda permanece sem solução, continua a gerar o interesse público e da mídia.


Agências de aplicação da lei de Colorado inicialmente suspeitaram dos pais de JonBenet e seu irmão. No entanto, a família foi parcialmente absolvida em 2003 quando o DNA retirado as roupas da vítima provou que eles não estavam envolvidos. 
Seus pais não seriam completamente inocentados até Julho de 2008.

Em fevereiro de 2009, o  Departamento de Polícia de Boulder  reabriu o caso para reabrir as investigações.
A cobertura da mídia sobre o caso freqüentemente se preocupou com a participação de JonBenet em concursos de beleza infantil, a riqueza de seus pais e as provas incomuns no caso. 

Relatórios também questionaram movimentação total da polícia do caso. Vários processos por difamação foram arquivados contra várias organizações de mídia por culparem os membros da família Ramsey.

Vida

JonBenét Patricia Ramsey,  nasceu em Atlanta, Georgia em 06 agosto de 1990. Quando tinha nove meses de idade, a família mudou-se para Boulder, Colorado. Seu primeiro nome é uma combinação de primeiro e segundo nomes de seu pai, John Bennett, seu nome do meio é o primeiro nome de sua mãe, a falecida Patricia "Patsy" Ramsey. JonBenét foi matriculada pela mãe em uma variedade de concursos de beleza diferentes em vários estados. Patricia Ramsey financiou algumas das competições em que JonBenét participou, bem como escalada e aulas de violino. Seu papel ativo na pageants foi altamente controlada pela mídia após o assassinato.

JonBenét foi enterrada no cemitério St. James Episcopal, em Marietta, Georgia; ao seu lado sua mãe, que morreu de câncer em 2006, e sua meia-rmã Elizabeth Páscoa Ramsey (filha de John Ramsey e sua primeira esposa), que morreu em um acidente de carro em 1992 com a idade de 22.

Caso de assassinato

De acordo com o testemunho de Patsy Ramsey, em 26 de dezembro de 1996, ela descobriu que sua filha estava desaparecida depois de encontrar na escadaria da cozinha uma  nota de resgate exigindo 118 mil dólares para ela ter a filha de volta, quase o valor exato de um bônus de seu marido havia recebido no começo do ano que. Apesar de instruções específicas contidas no bilhete de resgate que não era para a polícia e amigos serem contatados, ela telefonou para a polícia, família e amigos. A polícia local realizou uma pesquisa superficial na casa, mas não encontrou quaisquer sinais óbvios de uma invasão ou entrada forçada. 
A nota sugere que a coleta de resgate seria monitorada e JonBenét seria devolvida assim que o dinheiro fosse obtido. John Ramsey fez arranjos para a disponibilidade do resgate, que um amigo, John Fernie, pegou naquela manhã de um banco local.

Texto da nota de resgate

Mr. Ramsey

Ouça com atenção! Somos um grupo de indivíduos que representam uma pequena facção estrangeira. Nós respeitamos o seu bussiness (negócio), mas não o país que ele serve. Neste momento temos a sua filha em nossa posse. Ela está segura e ilesa e se você quiser que ela veja 1997, você deve seguir nossas instruções ao pé da letra.

Você vai sacar US $ 118,000.00 de sua conta. $ 100.000 será em notas de US $ 100 e os restantes US $ 18.000 em notas de US $ 20. Certifique-se de trazer um adido tamanho adequado para o banco. Quando você chegar em casa você vai colocar o dinheiro em um saco de papel marrom. Vou liga-lo de entre 8 e dez horas amanhã para instruí-lo sobre a entrega. A entrega vai ser desgastante, então eu aconselho você a ficar em repouso. Se nós monitorarmos que você conseguiu o dinheiro adiantado, poderíamos chamá-lo cedo para marcar uma entrega anterior do dinheiro e, portanto, uma entrega anterior de sua filha.

Qualquer desvio das minhas instruções resultará na imediata execução de sua filha. A você também será negado seus restos mortais para sepultamento digno. Os dois cavalheiros vigiando sua filha particularmente não gostam de você, então eu aconselho a não provocá-los. Falar com ninguém sobre sua situação, tais como Polícia, FBI, etc, resultará em sua filha sendo decapitada. Se pegar você conversando com um cão vadio, ela morre. Se você alertar as autoridades do banco, ela morre. Se o dinheiro for de alguma forma marcado ou adulterado, ela morre. Você será digitalizado por dispositivos eletrônicos e se forem encontrados, ela morre. Você pode tentar nos enganar, mas seja advertido que estamos familiarizados com a aplicação da lei contramedidas e táticas. Você tem uma chance de 99% de matar sua filha, se você tentar dar um de inteligente. Siga as nossas instruções e você tem uma chance de obter sua filha 100% de volta.

Você e sua família estão sob escrutínio* constante, bem como as autoridades. Não tente crescer um cérebro John. Você não é o único gato gordo ao redor por isso não acho que matar será difícil. Não subestime-nos John. Use o seu bom senso. Cabe a você agora John!

Vitória!

S.B.T.C.

Escrutínio* (Exame minucioso)





Investigação policial

Na tarde do mesmo dia, a detetive policia Linda Arndt perguntou a Fleet White, um amigo dos Ramseys, se viu algo de anormal em John Ramsey e na casa.

JohnRamsey e dois de seus amigos começaram suas buscas na casa. Após a primeira busca na casa de banho e "sala de trem" (vide foto abaixo), os três foram para a "adega" sala onde Ramsey encontrou o corpo de sua filha coberto com seu manto branco especial. Ela também foi encontrada com uma corda de nylon no pescoço, os pulsos amarrados acima de sua cabeça, e fita adesiva cobrindo a boca.
A polícia foi mais tarde reivindicada por observadores por ter cometido vários erros críticos na investigação, como não vedar a cena do crime e permitir amigos e família dentro e fora da casa depois que o seqüestro foi relatado.

Críticos da investigação, desde então, afirmaram que os oficiais também não  tentaram o suficientemente reunir provas forenses, antes ou após o corpo de JonBenet ter sido encontrado, possivelmente porque eles imediatamente suspeitaram de Ramseys. 
O fato de que o corpo da menina foi encontrado em sua própria casa foi considerado altamente suspeito pelos policiais e os resultados do autópsia revelaram que JonBenét foi morta por estrangulamento e uma fratura de crânio. Um garrote feito a partir de um comprimento de cabo de tweed e a alça quebrada de um pincel tinham sido usados para estrangulá-la; seu crânio sofreu trauma contuso grave, não houve evidência de estupro convencional, apesar de agressão sexual não ter sido descartada. A causa oficial da morte foi asfixia por estrangulamento associado com traumatismo crânio-encefálico.






Para quem não sabe o que é uma "sala de trem", peguei uma foto qualquer de uma sala de trem para ilustrar.



Cena do crime

O fim de cerdas do pincel foi encontrado em uma banheira de suprimentos de objetos de arte de Patsy Ramsey, mas o terceiro fundo nunca foi localizado, apesar da busca extensa da casa por imposição da lei nos dias subseqüentes. Os especialistas observaram que a construção do garrote necessitaria de um conhecimento especial. A autópsia revelou também que JonBenét tinha comido abacaxi apenas algumas horas antes do assassinato. Fotos da casa, tiradas no dia em que o corpo de JonBenét foi encontrado, mostraram uma tigela de abacaxi na mesa da cozinha com uma colher nele, e a polícia informou ter encontrado impressões digitais do irmão de Burke Ramsey o irmão de JonBenét de nove anos de idade nele. No entanto, ambos Patsy e John não diziam se lembrar de colocar esta tigela sobre a mesa ou dar abacaxi para JonBenét. (os Ramseys sempre sustentaram que Burke tinha dormido durante todo o episódio, até que despertou várias horas depois que a polícia chegou.) Enquanto foi relatado que não hávia pegadas na neve no chão, outros repórteres descobriram que a neve ao redor das portas da casa tinham sido varridas. 

A polícia informou não ter visto sinais de entrada forçada, embora uma janela do porão que havia sido quebrado e os deixado inseguros antes do Natal, junto com outras portas abertas, que não foram relatados ao público até um ano depois.



Burke, irmão de JonBenét


Desenvolvimentos posteriores

Em dezembro de 2003, investigadores forenses extraíram material suficiente a partir de uma amostra de sangue misturado encontrado na roupa íntima de JonBenet para estabelecer um perfil de DNA.  O DNA pertence a um homem desconhecido. O DNA foi submetido ao Sistema de Combinação do DNA FBI  Index (CODIS), um banco de dados contendo mais de 1,6milhões de perfis de DNA, principalmente a partir de criminosos condenados. A amostra ainda não encontrou uma correspondência no banco de dados, embora continue a ser verificado para resultados parciais em uma base semanal, como são todas as amostras inigualáveis.



Mais tarde investigações também descobriram que havia mais de 100 roubos no bairro dos Ramseys "nos meses antes do assassinato de JonBenet, e que 38 criminosos sexuais registrados estavam vivendo dentro de uma ou duas milhas de raio (3 km) da casa dos Ramseys” área que abrange metade da população da cidade de Boulder, mas que nenhum dos criminosos sexuais teve qualquer envolvimento no assassinato.

Em 16 de agosto de 2006, 41 anos, John Mark Karr (agora Alexis Reich), um ex-professor, confessou o assassinato ao ser preso sob a acusação de pornografia infantil em Sonoma County, Califórnia. Autoridades supostamente localizaram-no usando a Internet depois que ele mandou e-mails sobre o caso para Michael Tracey, um professor de jornalismo na Universidade do Colorado.  Uma vez detido, ele confessou estar com JonBenét quando ela morreu, afirmando que a morte foi um acidente. Quando perguntado se ele era inocente, ele respondeu: "Não."

No entanto, o DNA de Karr não corresponde ao  encontrado no corpo de JonBenét Ramsey. Em 28 de agosto de 2006, os promotores anunciaram que nenhuma acusação seria feita contra ele pelo assassinato de JonBenét Ramsey. No início de dezembro de 2006, o Departamento de oficiais da Segurança Nacional informou que investigadores federais continuavam a investogar se Karr podia ter sido possível um cúmplice no assassinato.
Nenhuma evidência jamais veio à tona contra o então casado Karr residente em Alabama perto de Boulder em 1996 durante o Natal. Evidências ligando Karr ao assassinato são altamente circunstanciais. Por exemplo, amostras de caligrafia foram tiradas de Karr para coincidir com a nota de resgate. Em particular, a sua maneira de escrever as letras E, M e T foram descritos pela mídia como sendo muito raras.


... A combinação de DNA Masculino em dois itens separados de roupas usadas pela vítima no momento do assassinato torna claro para nós que um homem desconhecido foi o culpado. Não há nenhuma explicação inocente para a sua presença incriminatória em três locais sobre estes dois itens diferentes de roupa que estava usando JonBenét no momento de seu assassinato. ... Na medida em que pode ter contribuído de alguma forma para a percepção pública de que você poderia ter sido envolvido neste crime, estou profundamente arrependida. Nenhuma pessoa inocente deveria ter de suportar tal um extenso julgamento no tribunal da opinião pública, especialmente quando os funcionários públicos não tiveram provas suficientes para iniciar um julgamento em um tribunal de direito. ... Pretendemos no futuro, tratá-lo como as vítimas deste crime, com a simpatia por você por causa da perda terrível que você sofreu. ... Estou ciente de que haverá aqueles que irão optar por continuar a divergir com a nossa conclusão. Mas o DNA é muitas vezes nas provas mais fiáveis ​​forense podemos ter esperança de encontrar e contamos com ele muitas vezes para trazer à justiça aqueles que cometeram crimes. Estou muito confortável que a nossa conclusão de que esta prova tem justificado a sua família está baseado firmemente em todas as provas ".

Suspeitas:

Especulações do caso por especialistas, a mídia e os pais tem apoiado diferentes hipóteses. Por um longo tempo, a polícia local apoiou a hipótese de que sua mãe Patsy Ramsey feriu sua filha em um acesso de raiva depois que a menina tinha molhado a cama dela na mesma noite, e então começou a matá-la ou de raiva ou para encobrir a lesão original. Em novembro de 1997, vários peritos em caligrafia determinaram que Patsy Ramsey mais do que provavelmente escreveu o bilhete de resgate. De acordo com um Colorado Bureau of Investigation report, "Há indícios de que o autor da nota de resgate é Patrícia Ramsey," mas eles não puderam provar definitivamente esta afirmação.
Outra hipótese era a de que John Ramsey tinha abusado sexualmente de sua filha e assassinou-a. O filho Burke, que tinha nove anos na época da morte de JonBenet, também foi alvo de especulação, e pediram para ele depor na audiência do júri. Em 1999, o governador de Colorado, Bill Owens, disse aos pais de JonBenét Ramsey para "parar de se esconder atrás de seus advogados, saia do esconderijo atrás de sua empresa de relações públicas". As suspeitas da polícia foram inicialmente concentradas quase que exclusivamente sobre os membros da família Ramsey, embora os pais da menina não tinham sinais anteriores de agressão no registro público .


  Os Ramseys afirmaram repetidamente que o crime foi cometido por um intruso. Eles contrataram John E. Douglas, ex-chefe da Unidade do FBI Ciência Comportamental, para examinar o caso. Douglas detalhou a sua avaliação do caso Ramsey em um capítulo de seu livro de 2001, os casos que nos assombram. Enquanto conviveu com a família Ramsey, ele concluiu que o Ramseys não estavam envolvidos no assassinato, citando vários pontos-chave:
(a)    Não havia nenhuma evidência física que ligam John e Patsy  ao homicídio, e provas físicas encontradas perto do corpo de JonBenet sugeriram a presença de uma pessoa não identificada na casa Ramsey.
(b) Não houve motivo plausível para os Ramseys matar sua filha. Douglas considerou a hipótese de urinar na cama como tão sem precedentes quanto à beira do absurdo e, além disso, incompatíveis com o comportamento estabelecido de Patsy. 


(c) Não houve evidência de abuso físico, negligência, abuso sexual, ou transtornos de personalidade graves na família Ramsey antes do assassinato, uma combinação de que são associados com a maioria dos casos de crianças mortas pelos pais.



(d) O comportamento de John e Patsy Ramsey, após o crime foi consistente com os de pais de outras crianças assassinadas, e era incompatível com casos conhecidos de pais que mataram seus filhos. Notando que uma grande porcentagem dos homicídios são cometidos por pais e familiares da vítima, Douglas não culpa os investigadores originais pela suspeita sobre a família Ramsey. Douglas, no entanto, critica as autoridades em Boulder para o que ele descreveu como uma investigação profundamente falha (por exemplo, não guardando a cena do crime) que foi mais prejudicada por disputas políticas internas e recusa a pedir ajuda externa.



A polícia de Boulder normalmente cuidava de um ou dois homicídios por ano, e tinha pouca experiência com qualquer coisa parecida com o caso Ramsey. Ele cita vários outros casos em que o FBI ajudou na investigação de outros locais e ajudou as autoridades de diferentes locais a resolver homicídios intrigantes fora de sua experiência usual. Douglas também concluiu que era improvável que alguém iria resolver o caso. O cenário mais provável com base nas provas, Douglas especulou,  que JonBenét foi morta por um criminoso, jovem e inexperiente que era sexualmente obcecado com a criança e / ou que queria extorquir dinheiro de sua família rica. Ele suspeita que o bilhete de resgate foi escrito antes do crime, que poderia ter sido uma tentativa de sequestro errado. O bilhete de resgate, Douglas notou, foi temperado com o que parecia ser frases emprestadas de filmes como Ransom (1996) e Speed ​​(1994) que, ele especulou, inspirou o autor.


Lou Smit, um detetive experiente, que saiu da aposentadoria para ajudar as autoridades de Boulder com o caso no início de 1997, originalmente suspeitou dos pais, mas depois de avaliar todas as evidências que tinham sido recolhidas, também concluiu que um intruso tinha cometido o crime. Em seu livro Casos que espreitam-nos, Douglas escreve que ele descorda com algumas das interpretações de Smit, mas concordou com o teor geral de investigação de Smit e as suas conclusões. Douglas elogiou particularmente a descoberta de Smit, em fotos da autópsia do que parecia ser uma evidência previamente negligenciada de uma "arma de choque" ter sido usada para imobilizar JonBenét. Embora não mais um investigador oficial, Smit continuou a trabalhar com o caso até sua morte em 2010.

Stephen jornalista, Singular investigativo e autor do livro Presumed Guilty - Numa investigação sobre o caso JonBenet Ramsey e Meios de Comunicação e Cultura da pornografia, sugere a existência de uma ligação do assassinato com a indústria de pornografia infantil. Ele se refere a consultas com o ciber-crime especialistas que acreditam que JonBenét, devido à sua experiência com concurso de beleza, era o tipo perfeito de criança que poderia ser arrastada para o mundo da pornografia infantil e era uma candidata natural para atrair a atenção de pedófilos. (Que alias, na minha opinião, deveriam ser exterminados da face da TERRA. Super apoio a pena de Morte para pedófilos)

Com tais evidências contraditórias, um grande júri não conseguiu indiciar os Ramseys ou qualquer outra pessoa no assassinato de JonBenét. Não muito tempo depois do assassinato, o pais se mudaram para uma nova casa em Atlanta. 

Dois dos principais investigadores foram resignados no caso, um porque ele acreditava que a investigação tinha esquecido incompetentemente a hipótese de ter sido um intruso, e outra porque ele acreditava que a investigação não conseguiu com sucesso processar os Ramseys. Mesmo assim, os investigadores restantes ainda estão tentando identificar um possível suspeito. Patricia "Patsy" Ramsey morreu de câncer de ovário em 24 de junho de 2006, com a idade de 49.

Reabertura do caso:
Em outubro de 2010, o caso foi reaberto. Novas entrevistas foram realizadas na seqüência de um inquérito fresco por uma comissão que incluía pesquisadores estaduais e federais.Policiais eram esperados para usar a mais recente tecnologia de DNA em sua investigação.





Desenho de como o corpo de JonBenét Ramsey foi encontrado

Fotos do corpinho dela (só veja se não se impressiona) Foto 1 Foto 2 Foto 3 Fotos no fórum



Conteúdo traduzido de http://en.wikipedia.org/wiki/JonBen%C3%A9t_Ramsey me perdoem se ficou meio confusa minha tradução, mas fiz o melhor que consegui.




"Foi um acidente" ( Atenção essa matéria é sobre John Mark Karr que falsamente confessou o crime).


Após dez anos sem pistas, americano
preso na Tailândia confessa que matou
a pequena JonBenet.


Durante dez anos, nada avançou na investigação sobre a morte de JonBenet Ramsey, uma linda loirinha de 6 anos encontrada espancada e estrangulada na adegua da sua casa em Boulder, no Colorado, um dia depois do Natal. JonBenet era assídua freqüentadora (e vencedora) de concursos de beleza infantil e fotos suas usando maquiagem pesada, cílios postiços e unhas pintadas, em poses quase sensuais, inundaram os jornais americanos. A apuração inicial da polícia, apressada e malfeita, dirigiu as suspeitas para os pais da menina, John, executivo milionário, e Patsy, ex-miss. Por falta de provas, jamais foram levados a julgamento; em vez disso, foram postos sob "um manto de suspeição", conforme definição da promotoria estadual. Patsy morreu em junho, de câncer no ovário, sem poder participar da comoção que reacendeu o caso nesta semana: de repente, em Bangcoc, a capital da Tailândia (por sinal, uma meca do turismo sexual infantil), John Mark Karr, professor americano de 41 anos, foi preso e confessou ter matado JonBenet. "Eu a amava. Foi um acidente", declarou.

Karr tem um passado que compromete. Divorciado, pai de três filhos, deu aulas no Alabama e na Califórnia, para onde se mudou com a família no fim de 2000. Em meados de 2001, foi flagrado com material pornográfico infantil no computador. Karr teve o registro de professor cassado, a mulher pediu o divórcio, ele deixou de comparecer a uma audiência no tribunal e, desde então, sumiu e tornou-se fugitivo da Justiça. Sabe-se agora que esteve na Europa Oriental e na América Central antes de se fixar na Ásia. Só na Tailândia esteve cinco vezes nos últimos dois anos, a última delas com entrada em 6 de junho, vindo da Malásia. Em Bangcoc, morava num hotel de quinta categoria. Acabara de ser contratado por uma escola internacional e não esboçou resistência ao ser preso. "Nós o seguimos por três semanas e o prendemos com base em um mandado apresentado pelas autoridades americanas", disse o general Suwat Tumrongsiskul, chefe da polícia de estrangeiros da Tailândia. "Ele confessou que matou a menina, que não foi premeditado e que estava apaixonado por ela." Seu propósito inicial, segundo Tumrongsiskul (que não assistiu ao depoimento), teria sido seqüestrar JonBenet para pedir resgate. "Ele disse que a drogou, fez sexo com ela e, sem querer, a matou" – dando, inclusive, detalhes da cena jamais divulgados pela polícia. À imprensa, saindo da delegacia, Karr, nervoso e gaguejando, declarou: "Eu estava com JonBenet quando ela morreu. A morte foi acidental". Ao perguntarem se ele era inocente, respondeu: "Não".

Se confirmada a autoria do assassinato, John Ramsey livra-se enfim da certeza nacional – não comprovada, porém explícita – de que ele e Patsy mataram a filha e também de que a espancavam e a exploravam sexualmente. Em uma declaração após a prisão de Karr, ele disse que, ao morrer, sua mulher "sabia que as autoridades estavam prestes a prender alguém". Apesar de satisfeito, porém, alertou, certamente baseado na experiência própria: "Não tirem conclusões apressadas, não julguem, não especulem". De fato, pesam sérias dúvidas sobre o depoimento de Karr. A autópsia comprovou que JonBenet não foi drogada. Uma criança com fratura no crânio, mãos atadas por fio de náilon, espancada e estrangulada com uma corda não pode ter sido morta acidentalmente. A ex-mulher de Karr, Lara, não se lembra de ele ter passado nenhum Natal longe de casa durante o tempo em que estiveram casados, 1996 inclusive. O irmão, Nate, garante que ele só estava pesquisando para escrever um livro sobre assassinos de crianças. A polícia dos Estados Unidos confronta a letra de Karr com a de um pedido de resgate achado na casa de JonBenet e aguarda a comparação de seu DNA com amostras encontradas sob as unhas da menina. Só depois de todos esses exames se saberá se está, enfim, desfeito o mistério da morte da pequena miss Colorado.


John Mark Karr - disse ser o assassino, mas as provas mostraram o contrário.




O conteúdo abaixo foi retirado e adaptado do 3º volume dos 3 volumes dos livros "Mente Criminosa" O livro foi publicado em 2003, ou seja, ainda havia muita suspeita de que tivesse sido os pais dela que a mataram. E Patsy Ramsey ainda estava viva. As ilustrações também foram retiradas do livro.


O assassinato da rainha infantil de beleza JonBenét Ramsey, de 6 anos de idade continua sem solução. Seu corpo foi descoberto pelo pai na adega da casa, depois de uma busca preliminar da polícia não ter revelado nada.


                                


Para entender melhor sobre o estudo de grafologia vide post: http://pasdemasque.blogspot.com/2011/10/postagem-especial-3-mente-criminosa.html

Estudo de caso: Um bilhete vital.

Pouco antes das seis da manhã do dia 26 de dezembro de 1996, Patsy Ramsey ligou para o 911 da polícia em Boulder, Colorado, para dizer que sua filha JonBenét, de 6 anos, tinha sido raptada. Ela disse que tinha encontrado uma carta de resgate ao lado da escada. Eram três folhas de papel, supostamente escritas por "uma facção estrangeira pequena", exigiam 118 mil dólares e estavam assinadas por "S.B.T.C."
Embora a nota ameaçasse que, "se falar com alguém sobre a sua situação, sua filha vai ser decapitada", a senhora Ramsey não só chamou a polícia, mas também vários amigos próximos e uma autoridade religiosa local, que chegaram pouco depois dos dois agentes da polícia que foram enviados para a casa dela.

Os policiais fizeram uma breve busca pela casa. Não havia sinais de arrombamento nem pegadas diferentes das suas próprias e das dos visitantes da família nesse momento. A nota afirmava que uma chamada telefônica seria feita entre oito e dez da manhã para passar as instruções sobre como o dinheiro do resgate devia ser entregue. Quando deu uma da tarde e a suposta chamada nunca aconteceu, o detetive responsável ordenou uma busca exaustiva das instalações. O pai de JonBenét, John Ramsey, imediatamente foi para a adega de vinhos e surgiu poucos minutos depois carregando o corpo de sua filha.

Quando um assassinato de crianças ocorre em uma casa sem sinais de invasão a policia suspeita naturalmente dos pais. A suspeita foi reforçada quando descobriram que a carta de resgate tinha sido escritas nas folhas de um bloco e com uma caneta vermelha encontrados na casa.Eles também acharam vestígios de uma "carta rascunho" semelhante aquela que Patsy Ramsey entregou à polícia. 

Os Ramsey têm defendido ferrenhamente a sua inocência. Sendo um casal rico ( sim, porque se fosse pobre era bem capaz de serem presos, e o caso ser encerrado rapidinho), pôde contratar os serviços de advogados e peritos forenses muito competentes. O júri que debateu durante quase um ano em Boulder não pôde chegar a uma conclusão. No entanto, o governador de Colorado, Bill Evans, disse que os Ramseys "estavam sob a égide (ou seja proteção) da suspeita".
Naturalmente a "carta do resgate" tornou-se alvo de um intenso debate. Don Foster se ofereceu logo para ajudar John e Patsy Ramsey. Posteriormente, em janeiro de 1997, ele foi consultado pela polícia de Boulder. 

Em seu livro, JonBenét: Por Dentro da Investigação do Assassinato da Família Ramsey (2000), o antigo detetive de Boulder, Steve Thomas, disse: "Foster se debruçou sobre a carta de resgate, explicou que a redação continha usa da língua de forma muito inteligente que a pessoa que o escreveu tinha como objetivo enganar.
Os documentos de Patsy Ramsey que ele estudou, em sua opinião, formavam 'uma equivalência precisa e inequívoca' com a carta em coisas como a tendência para inventar siglas privadas, hábitos de ortografia, frases alegóricas, metáforas, gramática, vocabulário, uso frequente de pontos de exclamação e até mesmo do formato da caligrafia na página".


Uma das três páginas da carta de resgate, assinada por "S.B.T.C." que a mãe de JonBenét, Patsy Ramsey, disse ter encontrado do lado da escada. "Se falar com alguém sobre sua situação, seja a polícia, o FBI, etc", dizia a carta, "a sua filha será decapitada".



O psicolinguista Andrew G. Hodges foi ainda mais longe em seu livro, Quem vai falar por JonBenét? (2000), analisando o que ele descreve como "pegadas de pensamento".Ele afirma que cada ação que realizamos tem um motivo subconsciente e que surte de maneira detectável na comunicação cotidiana." Eu olho em cada palavra procurando dois sentidos, não só um", diz ele. O segundo significado é a mensagem codificada do subconsciente. Hodges e dois colegas apresentaram uma análise de 70 páginas da carta de resgate de Ramsey ao procurador do distrito de Boulder.

Nela, eles afirmam que um assassino não pode evitar confessar de alguma forma e que a "carta do resgate" revela:

- o assassino é uma mulher
- quem escreveu a nota participou do assassinato
- seu marido participou do homicídio e a encobriu
- ela espera ser capturada
- sua motivação era a raiva e a dor profunda
- ela oferece detalhes sobre o que precipitou o assassinato
- a carta em si foi redigida por motivos psicológicos
- o valor do resgate indica que este não era realmente um sequestro
- a vítima foi morta antes de a nota ser escrita
- a nota é uma história contada por uma testemunha direta e quem achar a carta deve "ouvir atentamente", uma frase que é repetida quatro vezes.
( a frase repetida quatro vezes é: "She dies", ELA MORRE)


John e Patsy Ramsey, pais de JonBenét, alegam sua inocência no programa "Burden of Proof", na CNN.

Em seu livro, Autor Desconhecido (2000), Don Foster evita qualquer tentativa explícita dos autores das caligrafias que ele analisa. No entanto, ele observa que a ortografia na "carta de suicídio" de O.J. Simpson poderia ser tomada como significativa. Quando Simpson quis escrever quer era uma "separação dura" da sua mulher Nicole, mas que eles tinham "acordado mutuamente" que a separação era necessária, ele escreveu, de fato, que era uma "preparação dura" e que tinham "agredado mortuamente" na separação.

Alguns psicolinguistas dizem que "preparado" e os ecos de "morto" e "agressão" refletem as preocupações subconscientes do autor da carta.

O FBI agora aplica os princípios da psicolinguistica aos crimes informáticos e da internet. Apesar de a rede parecer proporcionar uma oportunidade para agir no anonimato, os investigadores descobriram que a língua, mesmo sob a forma de códigos de computador, pode fornecer pistas que levam à identificação de hackers e outros criminosos perigosos. ( é uma pena que aqui no Brasil não se invista muito nisso. Já denunciei um site que incita estupros, entre outras coisas, no site da polícia federal e nada aconteceu, vários amigos meus também denunciaram e nada, desde 2010 estamos tentando tirar o site do ar, mas segundo a polícia eles estão chegando no dono do site, o que eu acredito não ser verdade. Não posso divulgar aqui porque divulgar sites que incitam o Ódio e a Violência é crime, mas existem vários sites desses no ar e o dono do site impune. PORCARIA DE RECURSOS que temos no Brasil viu.)

Existem muitos videos no youtube sobre o caso. Vou postar alguns: