Ronald Joseph DeFeo Jr., ou "Butch" |
Ronald Joseph DeFeo Jr., cujo
apelido é "Butch", nasceu no dia 26 de setembro de 1951, em
Brooklyn, Nova Iorque, EUA. Ele é um assassino norte-americano, julgado e
condenado em 1974 pelo assassinato de seu pai, sua mãe, dois irmãos e
duas irmãs. O caso é notável por ser a inspiração do livro e das versões cinematográficas
de The Amityville Horror (Terror em Amityville).
Ronald DeFeo Jr. foi uma criança (e
também um adolescente) problemático, arrogante e extremamente mimado. Ele tinha
tudo o que desejava, e era acostumado a ter dinheiro e bens materiais em decorrência
das cortesias da indulgencia de seu avô.
Era o filho mais velho de cinco
crianças, e era considerado como um terceiro adulto na família, visto que era cinco
anos mais velho do que a sua próxima irmã, Dawn. Era obeso e mau humorado, e, conseqüentemente,
não era popular com as outras crianças, sendo muitas vezes vítima de bullying.
Foto tirada no colegial |
Seu pai, Sr. DeFeo, foi uma figura
autoritária em casa, e não tolerava desobediência, desacato ou qualquer ousadia
e “malandragem” de seus filhos ou de Louise. Mas, de todos os integrantes da família,
Butch era o alvo preferido de seu pai, e foi quem mais sofreu nas mãos abusivas
e violentas dele.
Conforme foi crescendo, Butch
tinha decidido que não seria mais submisso, e que não aceitaria o abuso de seu
pai. o menino foi ficando forte, e a convivência entre ele e seu pai era cada
vez mais tempestuosa, com brigas inacabáveis. Das conflituosas discussões e
gritarias passaram para agressões físicas.
Ronald DeFeo Jr. |
Em vez de lidar com os perceptíveis
problemas de personalidade de Butch, Sr. e Sra. DeFeo optaram por acalmar o
rapaz com bens materiais e dinheiro. No aniversario de 14 anos de Butch, Sr DeFeo
comprou uma lancha de $14.000 como presente. Toda a atenção e afeto da
parentalidade foram substituídos por presentes e status. Eles normalmente
davam-lhe dinheiro sempre que ele pedia, e quando eles se recusaram ou não estavam
por perto para dar, ele simplesmente roubava.
Butch foi expulso da escola
paroquial aos 17 anos por uso de drogas e explosões violentas. Usava drogas pesadas como LSD e Heroina. Começou a praticar pequenos furtos, não
porque precisava roubar, mas porque ele estava se desenvolvendo como um
sociopata.
Ronald "Butch" DeFeo na foto do ano do colegial (na segunda fila, o segundo da direita para a esquerda) Foto: Photobucket |
Seus ataques violentos foram se
tornando cada vez mais sérios e sinistros. Certa vez, em uma viagem de caça com
os amigos, Butch apontou uma espingarda carregada para um amigo e longa datam,
rindo como se aquilo fosse uma grande piada.
A Família DeFeo
A familia DeFoe era composta pelo casal Sr. Ronald
DeFeo e Sra. Louise DeFeo, e seus 5 filhos: Ronald DeFeo Jr (assassino),
Alisson "Ally", Dawn, Marc e John Matthew.
Os irmãos DeFeo Acima, da esquerda pra direita: John, Ally e Mark Abaixo: Dawn e Butch (assassino). |
Como a maioria das famílias, os DeFeo enfrentavam constantes problemas familiares, causados por Ronald DeFeo Jr., o filho mais velho do casal. Ele era viciado em drogas e executava pequenos furtos para sustentar seu vício. Devido a estes comportamentos, Ronald “Butch” Júnior e seu pai, Sr. Ronald Defeo, brigavam constantemente.
A Casa em Amityville
Em 1965, eles compram uma grande e bela casa e se mudam na expectativa de viverem momentos felizes e tranquilos. A casa é situada na Avenida Ocean, número 112, em Amityville, Nova York, Estados Unidos.A casa onde aconteceu o massacre |
O Assassinato da Família DeFeo
Espingarda Marlin 336C Calibre .35 usada no massacre |
Estranhamente nenhum de seus irmãos escutaram os disparos, e
então Butch foi até o quarto de seus irmãos mais novos. Os irmãos compartilhavam
o quarto, e nele haviam duas camas de solteiro. Butch se posicionou entre as
camas e disparou sobre os meninos, que estavam dormindo, um disparo para cada
um. Marc morreu na hora, enquanto Jonh (o mais jovem) agonizou até morrer, se
contorcendo de dor e desespero devido a uma fratura na coluna decorrente do
disparo.
Depois de matar seus dois irmãos, ele foi ate o quarto das
duas irmãs, que incrivelmente não acordaram com os disparos. A irmã mais nova,
Jodie, acordou assustada e sonolenta de um pesadelo, e se assustou com a aproximação
do irmão, olhando para cima. E então Butch apontou a arma para seu rosto e
disparou a sangue frio, enquanto ela o olhava. Ela morreu na hora. Dawn, de 18
anos de idade, foi a mais ferida (esteticamente), pois Butch atirou em sua
cabeça, mas o projétil estourou, destruindo completamente o lado esquerdo de
seu rosto.
Depois do massacre, por volta das 03h00, ele gastou cerca de
15 minutos limpando os restos mortais de sua família que o cobriam. A única testemunha
no bairro que ouviu os disparos foi o cão de DeFeo, Shaggy, contido em uma
coleira. Ele latiu alto e desesperadamente por vários minutos, até se acalmar.
Depois de se limpar, por volta das 03h30, Ronald DeFeo Jr. foi
até o Henry's Bar, que ficava no mesmo bairro, em Amityville. Chegando lá,
declarou: "Vocês tem que me ajudar! Acho que minha mãe e meu pai foram
baleados!”.
DeFeo e um pequeno grupo de pessoas foram para a casa, que ficava
não muito longe do bar, e concluiu que os pais de DeFeo estavam realmente
mortos. Uma pessoa do grupo, Joe Yeswit, fez uma chamada de emergência para a
polícia do condado de Suffolk, que procurou a casa e descobriu que seis
membros de uma mesma família foram assassinados em suas camas.
A casa cercada por policiais |
Butch ajudando a remover os corpos dos familiares |
Butch ajudando a colocar o corpo no carro para levar ao IML |
As vítimas eram o negociante de carro Ronald DeFeo, 43 anos,
Louise DeFeo, 42 anos, e quatro de seus filhos: Dawn, 18 anos; Allison, 13
anos; Marc, 12 anos e John Matthew, 9 anos.
Sr Ronald DeFeo, 43 anos e Sra Louise DeFeo, 42 anos |
Allisson, 13 anos e Dawn, 18 anos |
Marc, 12 anos e John Matthew, 9 anos |
Ronald DeFeo Jr. foi levado para a delegacia local para sua própria proteção depois de sugerir aos policiais na cena do crime que as mortes tinham sido realizadas por uma máfia ligada a um homem chamado Louis Falini. No entanto, uma entrevista com DeFeo na delegacia revelou inconsistências sérias na sua versão dos acontecimentos, e no dia seguinte, ele confessou a realização dos assassinatos.
Ele disse aos detetives: "Quando eu comecei, eu
simplesmente não conseguia parar. Passou tão rápido."
Julgamento e condenação
O julgamento de DeFeo começou em 14 de
outubro de 1975. Ele e seu advogado de defesa William
Weber montaram uma defesa afirmativa de insanidade, com DeFeo alegando que
as vozes em sua cabeça insistiam para que ele cometesse os assassinatos. O
fundamento insanidade foi apoiado pelo psiquiatra de defesa, o Dr. Daniel
Schwartz. O psiquiatra do Ministério Público,Dr. Harold Zolan, sustentou
que DeFeo, embora fosse um consumidor de heroína e LSD e
que tinha transtorno de personalidade anti-social, estava consciente de
suas ações no momento do crime. Em 21 de novembro de 1975, DeFeo
foi considerado culpado em seis acusações de homicídio em segundo grau.
Em 4 de dezembro de 1975, o juiz Thomas Stark condenou
Ronald DeFeo Jr. a seis penas consecutivas de 25 anos. DeFeo está atualmente
detido em Green Haven Correctional Facility, Beekman, Nova
Iorque, e todos os seus apelos ao conselho de condicionais até à data foram
rejeitados.
As controvérsias em torno do caso:
Todas as seis vítimas foram encontradas deitadas em suas camas, sem sinais de
uma luta ou sedativos, levando à especulação de que alguém na casa deveria ter
sido despertado pelo barulho dos tiros. Os vizinhos não relataram qualquer
audição de tiros sendo disparados. A investigação policial concluiu que as
vítimas estavam dormindo no momento dos assassinatos, e que o rifle não tinha
sido equipado com um silenciador. Os agentes da polícia e do médico legista que
participou da cena foram inicialmente intrigados com a rapidez e a amplitude
das mortes, e considerou a possibilidade de que mais do que uma pessoa tinha
sido responsável pelo crime. Durante seu tempo na prisão, Ronald DeFeo deu
vários relatos de como as mortes foram realizadas, todas elas inconsistentes.
Em uma entrevista em 1986, ele alegou que sua mãe era responsável pelo massacre, que
foi rejeitado como "absurda" por um ex-oficial do condado de Suffolk.
Em 30 de novembro de 2000, Ronald DeFeo
reuniu-se com Ric Osuna, o autor de A Noite de Horror dos DeFeo, que foi
publicado em 2002. Segundo Osuna, DeFeo alegou que tinha cometido os
assassinatos "por desespero" com sua irmã Dawn e dois amigos sem
nomes. Ele afirmou que depois de uma briga ficou furioso com seu pai, então ele
e sua irmã planejaram matar seus pais, e que Dawn assassinou os irmãos, a fim
de eliminá-los como testemunhas. Ele disse que ficou enfurecido ao descobrir as
ações de sua irmã, bateu sua cabeça sobre a cama dela e atirou na cabeça dela.
Foi relatado que, durante o inquérito policial original, vestígios de pólvora
foram encontrados na camisola de Dawn, indicando que ela poderia ter
descarregado uma arma de fogo. Esta linha de investigação não foi perseguida
após a confissão de Ronald DeFeo. As tentativas de contato com os dois supostos
cúmplices não obtiveram sucesso, já que um morreu em janeiro
de 2001 e o outro disse que entrou em um programa de proteção a
testemunhas. Ronald DeFeo Jr. tinha uma relação tempestuosa com o pai, mas a
razão que a família inteira foi morta permanece obscura. A promotoria durante o
julgamento sugeriu que o motivo dos assassinatos foi somente as apólices de
seguro de seus pais. Joe Nickell observa que, dada a frequência com
que Ronald DeFeo mudou sua história ao longo dos anos, as novas alegações dele
sobre os acontecimentos que tiveram lugar na noite dos assassinatos deve ser
abordada com cautela. Em uma carta a Rádio Show Host Lou Gentile, DeFeo negou
dar informações a Ric Osuna que pudessem ser usadas em seu livro.
O livro e o filme - Versões ligadas ao assassinato
Romance de Jay Anson Horror em Amityville foi
publicado em Setembro de 1977. O livro baseia-se no período de 28 dias em
dezembro de 1975 a janeiro de 1976, quando George e Kathy Lutz e
seus três filhos moravam no número 112 da Ocean Avenue. A família Lutz
abandonou a casa, alegando que havia sido aterrorizada por fenômenos
paranormais, enquanto viviam ali. O filme de1982 "Amityville II: The
Possession" é baseado no livro Assassinato em Amityville do parapsicólogo
Hans Holzer. Com a família Montelli (fictícia) que se diz ser baseada na
família DeFeo. A história apresenta temas especulativos e controversos,
incluindo uma relação incestuosa entre Sonny Montelli e sua irmã adolescente,
que são vagamente baseado em Ronald DeFeo Jr. e sua irmã Dawn.
As versões de filmes de Hollywood dos assassinatos de DeFeo
contém várias imprecisões. Em 2005 o remake de The Amityville
Horror contém uma criança como personagem fictícia chamada Jodie DeFeo,
que não foi uma vítima dos tiroteios em novembro de 1974. A alegação de
que Ronald DeFeo Jr. foi influenciado a cometer os assassinatos por espíritos
de um cemitério de nativos americanos no local do número 112 da Ocean Avenue
foi rejeitada pelos historiadores locais e com os líderes americanos, que
argumentam que não há provas suficientes para apoiar a alegação de que o
cemitério existia. A versão de 2005 do filme Horror em Amityville
exagera o isolamento do endereço 112 Ocean Avenue, descrevendo-o como uma casa
remota semelhante ao Hotel Overlook em adaptação de Stanley Kubrick, no filme
de Stephen King, The Shining. Na realidade, o número 112 da Ocean Avenue foi
uma casa suburbana em uma distância de aproximadamente 15 metros de outras
casas no bairro.
Capa do Filme VIDEOS:
Esta postagem foi uma dica de um dos leitores. Agradeço.
Fonte: Wikpédia.
Neste link você verá fotos das vitimas, há fotos fortes da
cena dos assassinatos:
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Primeiramente adoro seu blog apresentado de maneira como nós publico nos sentimos chocados com esses tipos de casos...
ResponderEliminarMas mesmo assim não perdemos o interesse em como as pessoas podem ser más.
Gostaria de um post sobre Rustin Parr que deu origem suposta maldição da bruxa de blair, mas o que interessa é que os crimes realmente aconteceram e dificilmente encontram-se post sem falar de maldições.
Obrigada pela dica, estou procurando o máximo de informações sobre ele para poder postar. Abraços
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