Condessa Marie Tarnowska
"O caminho inteiro de minha vida é espargido pelos corpos daqueles que mais me amaram"
Nascida na Rússia em 1879, (Maria Nikolaevna O'Rourke)Marie Tarnowska frequentou uma escola em Kiev, onde estudavam os filhos da nobreza. Aos 13 anos ela percebeu que podia usar sua beleza para manipular os homens e, três anos mais tarde, se casou com o conde Tarnowski. Depois de se casar com o aristocrata russo Wassily Tarnowski teve 3 filhos, o primeiro ela deu a luz com a idade de 17 anos, após ter tido os 3 filhos, tornou-se romanticamente envolvida com vários outros homens. Ela também começou a abusar de estupefacientes (morfina).
Ela e o marido se tornaram ávidos socialites, mas o conde tinha um olhar errante e, para vingar-se, ela se deitava com o irmão dele. Quando a condessa encerrou o relacionamento com o cunhado, ele se matou. Não muito tempo depois, outro amante se matou quando Tarnowska rompeu com ele e se envolveu com Aléxis Bozevski, da Guarda Imperial. Ele era violento, e Tarnowska decidiu terminar tudo.
Sabendo que o marido deveria retornar a qualquer momento, ela o convidou a ir visitá-la em seu boudoir (quarto privado). Quando o conde entrou, Tarnowska começou a lutar com o amante, e o marido deduziu que sua esposa estava sendo violentada. Ele atirou em Bozevski, que morreu pouco tempo depois. Em maio de 1903 Tarnowska contratou o advogado Maximilliam Prulikov e pagou seus honorários na cama para providenciar o envio de seu marido para a Sibéria. Ele fracassou, e o conde soube a verdade sobre o "estupro". Ele a deixou sem um centavo. Tarnowska convenceu Prulikov a deixar a esposa e os filhos para viajar com ela pela Europa, pagando todas as despesas, naturalmente. Quando voltaram à Russia, ela levou para sua cama o velho e rico conde Paul Kamarovsky. O conde contou à nova amante que um de seus amigos, dr. Nicholas Naumov, era um misógno ( que sente repulsa ou aversão à mulheres). Marie Tarnowska ficou intrigada e começou a se aproximar do médico, envolvendo-o de tal forma que ele atirou na própria mão e a deixou tatuá-lo com uma faca. Ela também gostava de queimá-lo com cigarros durante o sexo.
Inconstante como sempre, ela decidiu que queria se livrar dos dois, Paul Kamarovsky e Nicholas Naumov. Pediu a Naumov e ao fiel advogado Prulikov para matar Kamarovsky. E também cuidou para Kamarovsky adquirir um seguro de vida no valor de 20 mil livras do qual ela era a única beneficiária. Ela orientou Prulikov a esperar com a polícia para prender Naumov depois do assassinato e garantiu a participação de Naumov fazendo sexo com ele imediatamente antes. Em Veneza, em 3 de dezembro de 1907, Naumov atirou em Kamarovsky e foi preso, conforme Prulikov planejara.
Onde: Lido, Veneza, Itália.
Quado: Terça-feira, 3 de setembro de 1907.
Consequências: A participação de Tarnowska na conspiração logo foi revelada e ela foi presa. Seu julgamento começou em 4 de março de 1910 e ela passou oito anos detida, com Prulikov tendo cumprido 10 anos de detenção, e Naumov apenas três. Tarnowska cumpriu dois anos antes de ser libertada em agosto de 1912, em razão de sua saúde debilitada decorrente ao consumo de cocaína e morfina, hábito que ela havia adquirido com um ex-amante antes do assassinato. Ela morreu em 1923.
Curiosidade: Marie Tarnowska disse: " Sou a mulher mais infeliz no mundo. Sou mártir de minha própria beleza. Porque todo homem que me vê, me ama. O caminho inteiro de minha vida é espargido* pelos corpos daqueles que mais me amaram."
Espargido* : Conhecido, divulgado, sabido.
fonte de pesquisa: Wikipédia e livro "501 crimes mais notórios" de Paul Donnelley, super recomendo o Livro.
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