Patricia Krenwinkel ( KATIE )


Patricia Dianne Krenwinkel


(Los Angeles, 3 de dezembro de 1947) é uma homicida condenada norte-americana, ex-membro da comunidade de assassinos de Charles Manson, conhecida como a Família Manson. Cumpre pena de prisão perpétua pela participação nos assassinatos Tate-LaBianca, que tiraram a vida da atriz Sharon Tate e mais seis pessoas em 1969.


Totalmente devotada a Manson, Patrícia, mais conhecida na comunidade como ‘Katie’, foi participante ativa dos assassinatos ocorridos na madrugada de 9 de agosto de 1969 em Cielo Drive, 10050, residência de Sharon Tate e do diretor Roman Polanski, em Bel Air, Los Angeles e na noite seguinte na residência do casal Rosemary e Leno LaBianca, nos subúrbios da cidade.

Os assassinatos


Após a invasão da casa dos Polanski pelo grupo de seguidores de Manson, formado por Charles “Tex” Watson, Susan Atkins, Linda Kasabian e ela própria, Krenwinkel matou com dezenas de facadas a socialite Abigail Folger, amiga do casal Polanski, ajudada por Watson. Durante seu julgamento, depondo sobre o ocorrido, apenas disse: "Eu a esfaqueei e continuei esfaqueando sem parar." Perguntada pela promotoria o que sentiu na hora, respondeu: "Nada, aquilo estava apenas acontecendo e estava tudo certo."

Na noite seguinte, ainda sob as ordens de Manson, que achava que os primeiros assassinatos não haviam sido feitos com a crueldade que ele desejava (cinco pessoas mortas a tiros, esfaqueadas centenas de vezes e enforcadas, sendo que Tate estava grávida de oito meses) Krenwinkel, Watson, Atkins, Steve Grogan, Leslie Van Houten e Linda Kasabian,– que no massacre de Cielo Drive foi apenas testemunha ocular dos assassinatos – e desta vez com a presença do próprio Manson, invadiram outra casa em Los Angeles, no bairro de Los Feliz, pertencente ao casal de pequenos empresários Rosemary e Leno LaBianca.

Depois do casal ser subjugado e amarrado pelo grupo, Manson retirou-se para o carro que os levara com Grogan, Atkins e Kasabian, dando ordens aos outros três para que matassem o casal. Leno Labianca foi torturado por Watson antes de morrer aos ouvidos da mulher, amarrada e amordaçada num quarto. Rosemary foi então várias vezes esfaqueada por Krenwinkel com uma faca de cozinha, que não a matava, mas feria constantemente, ajudada por van Noulen, até ser finalmente morta por golpes da faca-baioneta trazida por Tex Watson. Após o morte da mulher, Patrícia passou a esfaquear o corpo sem vida de Leno, cravando um garfo em seu dorso e o deixando lá. Depois escreveu com o sangue dos mortos ‘Death to Pigs’ (Morte aos Porcos) na parede da sala e ‘Helter Skelter’ na geladeira da cozinha. No abdômen de Leno, ficou escrito, rasgado à faca, a palavra WAR (Guerra),. A autoria do ato sádico foi em julgamento atribuída a Krenwinkel, que nunca a negou, apesar de Watson afirmar muitos anos depois em seu livro, Will You Die for Me?, que o ato foi dele.

Prisão e julgamento


Presa em Móbile, Alabama, em 1 de dezembro de 1969, na casa de sua tia, para onde tinha sido mandada ficar escondida por Manson até que ele a chamasse de volta - o que nunca ocorreu, pois ele foi preso em outubro – Patrícia Krenwinkel foi indiciada por conspiração, formação de quadrilha e assassinato em primeiro grau pela justiça da Califórnia. Durante três meses ela lutou contra a extradição do Alabama, sob o argumento de que Manson queria matá-la, entregando-se, entretanto, voluntariamente, em fevereiro de 1970.

Foi julgada junto com Charles Manson, Susan Atkins, Tex Watson e Leslie van Houlen pelo assassinato de Sharon Tate, Jay Sebring, Abigail Folger, Steven Parent, Wojciech Frykowski, Rosemary LaBianca e Leno LaBianca e condenada à morte em 29 de março de 1971. Perguntada em juízo sobre o que sentia enquanto esfaqueava os LaBianca, respondeu que a única coisa que vinha a sua mente era: “Agora eles não vão mais poder mandar seus filhos para a guerra (do Vietnã)”.

Transferida para o corredor da morte da prisão do California Institution for Women, em Corona, teve, assim como os outros assassinos, sua pena comutada pela justiça da Califórnia no início de 1972, enquanto aguardada a execução, que passou a considerar a pena de morte ilegal no estado, retroativo a todos os presos já sentenciados.

Desde então, cumpre a pena de prisão perpétua a que foi condenada, vendo negados por onze vezes os seus pedidos de liberdade condicional, previstos por lei aos condenados à prisão perpétua depois de determinado número de anos presos.

Na prisão, depois de passar a renegar totalmente Manson e sua antiga ‘família’ com o correr dos anos, tem se dedicado a ajudar presos analfabetos a ler e participa de programas de assistência a alcoólatras e drogados.

Numa entrevista ao programa da jornalista Diane Sawyer, em 1994, ela afirmou: “Eu acordo todo os dias sabendo que eu sou uma destruidora do bem mais precioso que existe, que é a vida.. E isto acontece porque eu o mereço, acordar todos os dias sabendo disso”. Entretanto, durante uma audiência com vistas a uma possível liberdade condicional em 2004, ao ser perguntada sobre quem seria a pessoa que ela achava que mais teria ferido ou causado dano, respondeu: Eu mesma. Teve negado o benefício por conclusão da banca examinadora de que ‘Patrícia Krenwinkel ainda representa um risco inaceitável para a segurança pública’.

The Manson Family Through the Years


Charles Manson & The Manson Family

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